sábado, 23 de junho de 2012

O ARTILHEIRO NÃO SE DEU CONTA DA HISTÓRIA


               
            2012 para o Vila Nova Futebol Clube, time tradicional e de grande torcida de Goiânia – GO não começou diferente dos últimos anos. Sem diretoria, sem elenco e praticamente sem esperanças. Como tem sido regra nos últimos anos.
As feridas do rebaixamento à Serie C no brasileirão 2011 ainda estavam muito recentes e a sofrida nação colorada desconfiava de tudo e de todos os atos feitos pela Diretoria. Sabia-se que pseudo-ídolos que voltaram ao Vila mais para exercer suas vaidades e inflar ainda mais o ego queriam continuar no clube em funções na área do futebol, mesmo com boatos que teria promovido festas dentro do clube regadas a cerveja e outros tipos de bebida alcoólica, atitude que se verdadeira, não seria nada condizente com a de um clube de futebol.
Nos primeiros jogos do campeonato goiano dava sinais que disputaria mesmo o “não rebaixamento” à segunda divisão do certame estadual.


Em noite inspirada porém o Vila Nova bate a Anapolina, a tradicional “Xata” de Anápolis, por quatro gols  a zero, sendo três de um atacante então desconhecido da torcida, com um nome até engraçado: Anderson Patric, que tinha vindo no bolo de jogadores contratados apressadamente para o inicio do campeonato, trazidos pelo jovem Presidente recém-empossado Eduardo Barbosa e seu Diretor de Futebol e contratador Jair Rabelo.


A partir disso, não obstante o baixo nível técnico do campeonato e apesar de alguns resultados ruins, perdendo jogos quase impossíveis o Vila Nova começa uma arrancada e garante sua vaga nas semifinais. Algo inacreditável para quem era sério candidato a figurar em na segunda divisão do campeonato goiano. Destaque para os sempre injustiçados e nem sempre apoiados jogadores da base como Rondinelly e John Lennon.

E o tímido e de pouca conversa atacante Patric era – pasmem – o artilheiro do campeonato. Nem do poderoso Goiás Esporte Clube nem do favoritaço Atlético Clube Goianiense: o artilheiro era do Vila Nova, apesar do grande numero de gols que errava de forma quase ‘inacreditável”.
Chegando às semifinais Patric conseguiu um feito que nenhum atleta do Vila Nova em sua história teria alcançado até então:  fazer três gols em única partida no eterno rival Goiás.
A nação colorada estava de alma lavada, pois fazia tempo que o Vila não triunfava diante dos esmeraldinos e uma vitória com três gols de um único atacante serviu para tornar ainda maior a admiração e carinho da massa colorada com Patric.
Mas futebol hoje não é como o dos tempos de Zé Henrique, Roberto Oliveira, Modesto, Danival, Timoura, Tulica, Roberto Bombinha, Bé e tantos outros que deram alegrias e glórias ao Vila Nova.
O Vila praticamente se desintegrou administrativamente, diretoria passou e ainda passa por momentos de turbulência e a Serie C do brasileiro não começa por questões judiciais.
Patric não mais jogará no Vila Nova. Segundo informaram alguns veículos de imprensa ele teria procurado o Goiás Esporte Clube, maior rival do Vila Nova e pura e simplesmente se oferecido. Uma carta divulgada leva a acreditar nisso, onde ele solicita emprego no verde da capital. Também, pelas circunstâncias não será atleta do Goiás.
Seria apenas mais uma mudança de clube para o jovem e talentoso Patric. Até ai nada demais. Também não é possível comparar a organização do Goiás, sua estrutura e capacidade com a do combalido Vila Nova. Só em uma coisa o Vila Nova é imbatível: na força, paixão e amor ao clube de sua imensa torcida.
Patric talvez nem mesmo tenha percebido que menosprezou a história do Tigrão da vila famosa e o que poderia mais ainda ser parte integrante de sua própria história. Deixou de ser um grande ídolo em um clube carente de ídolos, pra ser mais um que passou e vestiu um dia o manto sagrado colorado. 
Vez em quando talvez seja lembrado nas estatísticas dos programas de rádio de domingo como o único a fazer três gols no Goiás em único jogo. Mas definitivamente, jamais estará no coração e na alma da massa colorada.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DE CERTOS MOMENTOS: TÃO ÚNICOS E FELIZES


                No meio da semana, por um motivo qualquer, recebo a visita de minha filha que, ao lado do marido me deu a alegria de sua presença. Presença sempre benfazeja ao coração, que nos faz sentir juntos e unidos novamente.

                Enquanto era assada uma deliciosa lasanha, nos pusemos a conversar, ao lado da pequena mesa no cantinho da sala. Mesa pequena, improvisada como mesa de jantar, que de tão arrumadinha parecia esperar lauto banquete.

                A pequena e simples mesa no canto nos acolheu e propiciou momentos de interação e alegre convivência. Simplesmente deixamos de lado novelas, computador, MSN, twitter, ou qualquer outro meio alienante de comunicação. Nos pusemos a falar da vida, de nossos sonhos, aspirações.
                Falamos e recordamos de momentos passados, alguns de muita alegria, outros de tristeza e preocupação como toda família tem. Mas nos permitimos conversar, ou palestrar, como afirmava meu saudoso pai.

                As recordações dos bons momentos prevaleceram. Traquinagens e brincadeiras da infância, o cachorro Piteco, os rabiscos na parede branca do quarto e da sala, tudo no sentido de aprender a escrever logo, tudo isso esteve revolvido nessa viagem ao baú da saudade. Rimos com a narrativa dos primeiros passos dados, incertos, trôpegos e hesitantes. Para logo virarem correria, qual pequeno robô, onde sempre acabava em um pequeno tombo. O nascimento da segunda filha, a expectativa da irmãzinha sob o ponto de vista da então filha única, a mudança para a casa nova. E quando as meninas aprenderam a andar de bicicleta? 

As horas passavam rapidamente e não percebíamos, de tão enlevados que estávamos. Brindávamos a alegria do encontro, de um momento tão único e feliz. Sequer estávamos com o televisor ligado para nos deixar absortos e preocupados com os tufões e as mazelas da vida. Há momentos que a arte quer imitar a vida com realismo incondicional. Isso traz para dentro de nossas casas todas as noites tensão, medo, violência e falta de respeito desmedidos com o ser humano. A ficção não esteve á frente de nossos diálogos, de nossa convivência, enfim, não impediu que nos olhássemos nos olhos.
                De repente, toca o celular: minha filha mais nova, que mora na distante Florianópolis, para onde foi em busca de seus sonhos - o principal deles o de ser engenheira. Festa completa. Se não podia estar presente, ao menos pudemos ouvir sua voz, saber de sua vida, como andam as coisas por lá. O que engrandeceu e valorizou aquele momento.
                Conversamos, rimos, nos emocionamos. O tempo passou muito rapidamente. Quase uma da manhã e o sono começa a chegar. Não para mim, pois certamente ficaria ali naquele encantamento até o amanhecer. 

                Ao ir embora, minha filha deixa a certeza que breve novos momentos como esse acontecerão. São esses momentos da vida que trazem a certeza que sempre nos encontraremos e renovaremos nossos laços de amor e carinho.
                Portanto, esperar com ansiedade e certa saudade um outro próximo encontro.

terça-feira, 12 de junho de 2012

12 DE JUNHO: DIA DOS ENAMORADOS


Hoje, 12 de Junho, data significativa e muito especial. Comemora-se o Dia dos Namorados. Nas primeiras horas da manhã, muitos se lembraram da pessoa amada. Seja com um beijo, um telefonema,  mensagem via celular, twitter carinhoso, enfim, certamente todos os enamorados lembraram e se fizerem lembrar.
O namoro é a fase onde as pessoas buscam se conhecer melhor e dão inicio a relacionamentos que duram toda uma vida. Eternos namorados, como se costuma dizer. Eternizados pelos amor, pela ternura, pelo carinho.
Não esqueça a pessoa amada hoje. Flores ou um simples telefonema tem o mesmo significado: dedicação e amor.
Parabéns aos namorados. Curtam, aproveitem e, acima de tudo, vivam o amor nesse dia.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

JUNHO: DE FLORES, ALEGRIA E SAUDADE


                O primeiro dia de Junho chegou como sempre: um pouco de frio, mais acentuado na madrugada e a mãe natureza agradecendo a benesse de recente e benfazeja chuva, a chamada “chuva das flores”.

                Andando pela cidade pude observar que nas arvores dos quintais e avenidas começam a brotar pequenos cachos de flores. Nas mangueiras começam a rodear os pequenos insetos e abelhas, em busca do pólen, como a demarcar território e garantir a seqüência da vida e alimento para suas colônias.
                O frio que começou em maio continua em junho, trazendo sensação de aconchego. Tardias, as chuvas de maio ainda deram sinal nesse primeiro dia de Junho. Chuvas  fortes, como a garantir que as flores que hão de vir brotem fortes e resistentes.  Teremos ainda em Junho os últimos dias do outono, que será sucedido pelo inverno e depois dará lugar à alegre primavera.
                 Falar em alegria, o mês de Junho nos traz a efervescência das alegres festas, em homenagem aos Santos do mês. As alegres quadrilhas e danças diversas saúdam Santo Antonio, o santo casamenteiro, o mais popular deles, São João, o mais tradicional  e quase no finzinho do mês, dia 29, a festa é em homenagem a São Pedro. 

                Por todas as cidades comunidades se reúnem em novenas e festas. Hora de “moças velhas” e ainda donzelas, como dizia minha mãe cumprirem suas promessas e pedirem novamente em absoluta devoção, que Santo Antonio lhe mande um marido.
                Nas noites de São João, muita festa e alegria nas movimentadas quadrilhas. Hora dos jovens se encontrarem nas quermesses e festas de barraquinhas, como são conhecidas. Quem sabe até arrumar um novo amor. Lembro que a noite de São João é sempre comemorada na véspera, dia 23 de junho. Ao lado do calor da fogueira o melhor momento, o de degustar comidas tradicionais como canjica, curau, milho cozido, amendoim torrado e espantar o frio com quentão.

                Vale em solene costume batizar crianças na fogueira, com os compadres levando a sério a tradição. Padrinho de fogueira deve receber o mesmo tratamento dos padrinhos de batismo, com direito a acompanhar sempre a vida dos afilhados. Momento de tornar mais sólidas amizades e estreitar ainda mais laços de boa vizinhança.
                Depois de tudo isso, após as apresentações das quadrilhas e de arrumar um par ao lado da fogueira, cair em animado e movimentado forró. Com direito a sanfona, zabumba e pandeiro tocando ao vivo as alegres e tradicionais marchinhas. “Pula a fogueira, Ioiô! Pula a fogueira, Iaiá! Cuidado para não se queimar...” Eita, saudade.

                Gosto do mês de Junho, que tem muitos significados para mim. Além da alegria que transborda nas animadas festas, Junho me deu a alegria do nascimento de minha filha mais nova. É também o mês dos namorados.
É também um mês onde renovo sempre desejos de sucesso, paz e felicidades. Seja muito bem vindo, mês de Junho.