sexta-feira, 29 de maio de 2015

DALVA DE OLIVEIRA: A DONA DA NOITE





O barulho do motor e o sacolejar do ônibus serviam para aumentar a ansiedade daquele jovem rapaz na noite calma de sexta-feira. Ansiedade que era amenizada por poemas e canções românticas que vinham de um pequeno rádio, instalado no painel do velho ônibus, em um programa apresentado por uma locutora de voz suave e terna. O tempo parecia não passar, para que pudesse chegar logo ao destino, onde depois de uma longa e interminável semana, voltaria a se encontrar com a pessoa amada.
Longe dali, ao lado da portaria de entrada de um prédio, uma moça bem arrumada, com perfume agradável e os cabelos cuidadosamente arrumados e caídos sobre os ombros também ouvia canções românticas e se encantava com a forma com que a apresentadora conduzia o programa.
As canções traziam a lembrança de seu amado, que estava por chegar. Em pouco tempo, vinte minutos talvez, estaria ao lado da pessoa que tanto queria e amava e com quem sonhava ser feliz para sempre.
Era pouco mais de oito da noite e a lua encantava com sua luz, dominando os céus, qual dona da noite. E no rádio ouviu a locutora também mandar abraços, e carinhos aos ouvintes.
Sonhava em conhecer aquela pessoa.  Quantas vezes, na solidão de seu quarto se deixara levar pelas canções e pelos poemas que eram declamados naquele programa. Era quando a saudade do amado apertava. Começava nesses momentos a contar os dias, as horas e os minutos para que pudesse encontrar o amado.
A vida era difícil. Moravam longe um do outro. Durante a semana, a rotina era trabalhar e estudar, o que ele também fazia. Se encontravam na sexta-feira ou aos sábados isso quando não tinha que estudar para as provas, afinal, estavam em fase de conclusão do segundo grau, e sonhavam em fazer um curso em uma universidade, de certa forma impossível, mas ao mesmo tempo, estava contido em seus sonhos.,
Não havia muito tempo para pensar, durante a semana. Era mesmo encarar o trabalho e no pouco tempo que restava, após as aulas ou durante os raros intervalos, estudar. Era esse o único caminho para que o futuro se descortinasse de forma mais clara e equivalente.
À medida que o tempo ia passando o coração batia mais forte. Olhava a todo momento em direção à rua por onde viria o amado, e nada ainda da figura dele  aparecer. Então, a dama da noite começou a declamar um poema. Um poema de amor, que tinha tudo a ver com ela e com sua historia. Com sua história de amor. Pensou nos olhos negros do amado, no toque suave das mãos em seus cabelos, no beijo carinhoso e deixou-se levar por aquela voz. Com os olhos fechados, enlevou-se nas ternas palavras, na beleza e no lirismo do poema.
E a canção que veio a seguir, tocou ainda mais seu coração. Como eram convergentes o poema, a canção e sua história, de amor.
Levou um susto ao perceber o toque nas mãos e a presença do amado chamando-a pelo nome. Sentiu o coração disparar com o abraço forte e palavras de carinho, como “tanta saudade”, seguidas de “eu te amo tanto”.
Agora tudo estava pleno, completo. Ao lado da pessoa amada, sob o testemunho da lua, e a dona da noite a espalhar pelos ares poemas e canções de amor, sentia a presença intensa e verdadeira do amor. A plenitude da felicidade.




sábado, 23 de maio de 2015

SILENTE




Se te percebo
Ausente,
E por aqui
Não passa
Fica tudo morno,
Silente,
Feito
Namoro
Sem beijo,
Fonte escassa...

Afinal,
A vida
Se torna
Sem cores,
Sem flores,
Se falta
O sorriso
E
O ar
Da sua
Graça... 

-*-


#Deumpoetaqualquer




sexta-feira, 22 de maio de 2015

SAUDOSAS TARDES DE MAIO




No mês de maio, quase ao fim da tarde, após as brincadeiras pelo quintal eu me deixava ficar sob o sol, sentado sobre a pequena cerca que ficava próxima à casa simples da Fazenda Nova América, ao lado de um belíssimo pé de açucena.
Ali eu me deixava enlevar, observando o ir e ver das aves em sua algazarra, os pontos brancos das cabeças de gado do meu avô ao longe, contrastando com o verde do capim que cobria o pasto.
Perto de mim, em um lugar que parecia ser bem aconchegante, ficava o gato Marujo a exercer plenamente seu direito ao ócio e à preguiça, em uma soneca que durava horas e só era interrompida pela presença dos cachorros Guamá e Rompe-ferro, que vinham claramente com a intenção de perturbá-lo. Talvez quisessem trazê-lo para brincar, mas ele preferia mostrar que não gostara daquilo e voltava a ficar imerso em seu longo e demorado sono.
O barulho das aves e dos cachorros confundia-se com o som do radio, que vinha de dentro da casa, sintonizado em um programa que trazia canções da época, noticias e recados. E o rádio era àquele tempo o único meio de comunicação rápido e eficiente.
Os atentados cachorros pareciam querer agradar a mim e se metiam em correrias pelo terreiro, indo e vindo, apesar da indiferença do gato Marujo. E assim a tarde ia caindo poética e calmamente.
Era hora de meu pai voltar da roça. Tentava adivinhar ao longe sua silhueta, e quando percebia que ele deixava o trabalho no eito da roça e se encaminhava para casa, a alegria tomava conta de mim. Ansiosamente esperava que fosse se aproximando, acompanhando com os olhos seus movimentos e seu trajeto, do meu ponto de observação.
Quando via que se aproximava do pequeno córrego, eu corria para lá, seguido pelos alegres Guamá e Rompe-ferro e ia para perto da pequena ponte, ou “pinguela” como era chamada, que servia de passagem para atravessar o córrego.
Ali papai me pegava nos braços e me colocava sobre seu pescoço e eu vinha todo alegre e feliz para casa. Depois, ele sentava no banco de madeira dentro de casa, tirava o chapéu buscando afastar-se do cansaço do dia. E carinhosamente perguntava à minha mãe se estava tudo bem. Após “esfriar o corpo” ia beber da água fresca do pote que ficava no canto da sala.
E eu ali do seu lado, a observá-lo em sua simplicidade e placidez. Então ele pegava uma toalha e íamos para o banho no riacho. Era outro momento de descontração, de alegria e brincadeiras. Papai se fazia menino, moleque arteiro.
Ao voltar para casa, o aroma que vinha da cozinha era inigualável. Após a oração, jantávamos. Apesar da casa simples, da mesa simples, eu me sentia em um palácio, dada a felicidade contida naquele momento de harmonia. E o radio vez em quando prendia a atenção de meu pai, quando eram lidos os recados, muitos para pessoas da nossa região. Era aquela responsabilidade de “quem ouvir, favor comunicar”.
Depois, íamos para a frente da casa na singela calçada de chão batido, contar estrelas, vê-las deslizando no céu,  e me encantar com os sons que meu pai tirava do violão, ao dedilhar canções, valsas, dobrados. Esperava o momento em que minha mãe se punha a declamar versos, como os do “pavão misterioso”...
E não demorava muito, adormecia no colo de minha mãe, que apesar do cansaço e da labuta diária, me acolhia carinhosamente.
São saudades de momentos únicos, de alegria incontida e felicidade plena. Saudades... Tão bem guardadas aqui: dentro do coração...





domingo, 17 de maio de 2015

RAQUEL TEIXEIRA MERECE CONFIANÇA E CRÉDITO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO




Ha poucos dias, em reunião com os governadores da região nordeste, o Ministro da Fazenda Joaquim Levy deixou claro que a manutenção dos benefícios sociais está condicionada ao sucesso e à aprovação do ajuste fiscal proposto no congresso nacional através de duas medidas provisórias e que devem ser aprovadas até junho próximo.
A Universidade Federal de Goiás passou a atrasar contas consideradas básicas, como energia elétrica, telefone e internet, bem como o pagamento dos fornecedores de insumos e de serviços terceirizados, devido ao corte mensal de mais de dez milhões de reais efetuado pelo governo federal, algo até então inimaginável.
Alunos que sonhavam em cursar uma universidade com financiamento do propalado FIES sequer conseguiram acessar o sitio do Ministério da Educação e pura e simplesmente tiveram que adiar seus sonhos, ou mesmo abandonar o projeto de um curso superior.
Ao contrário do que pregou e sustentou durante a campanha a então candidata à reeleição Dilma Rousseff, constata-se que o pais está quebrado. Poucas horas após a confirmação de sua vitória nas urnas, desnudou-se a situação. E não adianta sonhar, pois a vaca, ou o rebanho está tossindo. Ocorre que se o governo federal não toma essas medidas, a situação complicar-se-ia ainda mais e o país correria sério risco de viver situações que acontecem mundo agora, como por exemplo, na Grécia.
Voltamos, depois de anos de estabilidade econômica a ouvir termos que pareciam sepultados, como inflação em alta, recessão, ajuste fiscal e técnicos do FMI opinando sobre a economia do país. São parte de um passado não muito recente e que não fez parte do dia a dia dos jovens da atualidade, que não sabem o que é inflação mensal de 40, 50 e até 80 por cento, como já vivenciei um dia. Enfim, o Brasil está quebrado e os reflexos são sentidos em todos os níveis da administração.
As reinvindicações e a luta dos professores e profissionais da educação, bem como de outros setores do funcionalismo publico são justas e tem sua razão de ser.
Os professores, que na gestão de Thiago Peixoto se sentiram vilipendiados e lesados, quando de forma abrupta tiveram retiradas conquistas que consideravam pétreas e imutáveis como a titularidade e o plano de carreira, tem na Professora Raquel Teixeira a esperança e a certeza de que o comando da pasta é exercido por alguém comprometido com a educação.
A presença de Raquel Teixeira como titular da pasta que engloba a educação é reinvindicação antiga e sonho dos educadores. Raquel, Professora desde os quinze anos de idade, conhece a educação como ninguém. Teve profícua e marcante trajetória na câmara federal por dois mandatos, onde propôs projetos interessantes e modernizadores, no sentido da evolução do setor e focados na valorização dos profissionais da área.
A confirmação da Professora Raquel como secretária de educação trouxe alento e esperança. Ela mantem e está firme em sua proposta, em seu sacerdócio de buscar o melhor para os profissionais. Mas hoje esbarra na situação econômica do país, com fortes reflexos nos estados e, onde qualquer aumento de despesas, compromete e coloca em risco mais ainda as finanças.
A omissão do governo federal nos últimos anos e as medidas que implementadas trouxeram de imediato forte recessão e inflação alta, e por conseguinte, retração e queda forte na arrecadação. E sem dinheiro, é impossível fazer alguma coisa. O governo de Goiás lançou mão do parcelamento dos salários, tendo um “fôlego” de 50% do valor por poucos dias - até para que não houvesse atraso e a situação não fique ainda mais complicada. Lembro que em um passado já distante, tivemos atrasos de até seis meses nos salários do funcionalismo.
É preciso cautela e bom senso. A greve é um instrumento legitimo de pressão e de proteção ao trabalhador. Por outro lado, um ato extremo e que não pode ser o único, e nunca ser mal utilizado. Lembro que ao assumir a pasta, Raquel Teixeira de imediato buscou o dialogo com a classe, colocando-os a par da realidade que encontrou. Foram vários encontros, um deles tendo a secretaria de fazenda Ana Carla Abrão e o governador Marconi Perillo como interlocutores.
É inegável a legitimidade das aspirações dos educadores. E o governo de Goiás tem uma dívida imensa com eles, dado a forma com que tiveram seus direitos retirados em 2013, na gestão de Thiago Peixoto, que para a maioria dos educadores, foi desastrosa.
É necessário equilíbrio e diálogo. A greve nesse momento é inoportuna, face à impossibilidade do governo em atender aquilo que se considera justo. O ajuste fiscal, ou arrocho, como dizem, é forte. No âmbito federal, repasses às universidades e fundações foram cortados, politicas sociais devem ser revistas e no âmbito municipal, professores que estão em greve, não têm a mínima certeza que serão atendidos em suas justas reivindicações.
Raquel Teixeira tem história e compromisso com a educação. Sua historia de vida mostra e deixa isso muito claro. Jamais deixou de lutar ou defender aquilo que considera a única opção para um país se desenvolver. Portanto, merece crédito e a confiança dos educadores. Penso que se com ela está difícil, seria ainda mais com outra pessoa ocupando a pasta, afinal, Raquel Teixeira é Professora, vive a educação e tem como missão de vida buscar um mundo melhor, motivado pela educação.

E, tenho certeza que o maior compromisso de Raquel Teixeira, é com a educação e com seus profissionais.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

À POESIA DO COTIDIANO



Estamos na metade do mês de Maio e as chuvas da temporada ainda se fazem presentes, unindo-se ao friozinho tradicional da época – neste ano nem tão intenso.
Maio é um mês mágico, peculiar. Com clima de aconchego, é o mês dedicado às noivas, e sempre nos presenteia com manhãs brilhantes. O verde deixado nas árvores pela temporada das chuvas, ainda prevalece e tem-se a sensação que as ruas da cidade são um imenso jardim.
A rotina é a de sempre, nunca diferente. Obriga a seguir rituais, onde nem percebemos, mas tornamo-nos repetitivos e seguidores do mesmo caminho todos os dias. É assim ao levantar, ao ir para o trabalho, onde superamos a chatice e a lentidão do transito. E o ir e vir de pessoas faz com que tenhamos a sensação de que  as conhecemos, por passarem sempre no mesmo lugar, àquele horário.
E vez em quando, vem a sensação que a poesia se torna fugidia. Sentimos que ela parece se esconder atrás não sei do quê, e não a vemos mostrar a face. Faz falta, afinal, a poesia é algo necessário e vital. Mas, não adianta procurá-la, busca-la a qualquer custo. Ela naturalmente vem, seja em um sorriso de criança, em uma abelha levitando por sobre uma flor no canto de um pássaros pelo quintal. Vem quando miramos o alvorecer de uma manhã de domingo ou quando a lua, em pleno dia, mostra sua beleza, seus encantos. E a lua a iluminar o dia, não existe algo mais poético. E, quando chega a noite, se manifesta no céu, feito Rainha, ao lado de estrelas que se tornam tímidas ante sua beleza.
A poesia torna-se fugidia. Mas, haveremos de percebe-la no sorriso de criança quando correm em calçadas, fazendo barulho e algazarra e fazendo com que seus avós os procurem escondidos por entre bancos ou cadeiras de um bar de calçada.
É assim que se manifesta a poesia. Mas nem sempre o coração está preparado para recebê-la, ou entender seus mistérios. Tão presentes  em um sorriso de ternura, em um raio de luar, uma manhã de sol brilhante, ou mesmo de frio, com pouco sol, como acontece no mês de maio.
A poesia torna-se fugidia. Mas está por perto. Uma canção pode ser o suficiente para enlevar o coração e em meio à tarde, não obstante as preocupações com compromissos, horários e metas a cumprir, fazer com que o instante seja feliz e ameno. Ou, quando através das ondas do rádio, viajar em uma canção onde a letra e a melodia se casam com perfeição.
O cotidiano tenta prender, engessar e dominar. Como a vida, como o destino tenta escrever nossas páginas, porem haveremos de ser capazes de mudar,  tornar o enredo mais interessante e partir em busca de um final feliz. Ainda que a poesia, em sua essência, esteja fugidia.
Resta, depois do dia intenso e corrido, ao fim das obrigações, debruçar-se sobre leituras. Esquecer os autores filosóficos e buscar o romantismo manifesto em belos e preciosos poemas.
Assim, na companhia de Vinicius, Drummond, Cora, Bandeira, Chaul, Cecilia, Adélia, Lúcia, Augusto, Barros, Bilac, Targino e outros tantos, abrir o coração e receber e deixar que tomem conta os eflúvios da poesia. Que faz com que ela deixe de ser fugidia, levando-a direto ao coração.



sexta-feira, 8 de maio de 2015

AMOR DE MÃE



O mês de maio é sempre muito marcante para mim. Seja pelas lembranças ou saudades que traz. É em Maio que se comemora o dia das mães, uma data sublime, tocante, que aproxima e traz saudade de momentos e de muito amor. É um mês especial, que me leva à passagens da infância, da adolescência e que estão muito vivas na memoria - e no coração.
Eu era um menino muito danado, diziam. Embora fosse respeitador, obediente e estudioso, era inquieto e um pouco desorganizado. Vivia perdendo dentro do meu quarto as minhas coisas e insistia para que mamãe me ajudasse a procurar. Não raras vezes ela disse que iria ajudar, mas que se encontrasse, esfregaria o objeto “na minha cara”. Mas, não era nada disso, era apenas uma maneira de carinhosa e ternamente me induzir para que eu mesmo resolvesse aquilo. E quando me ajudava, fazia era me pegar no colo, brincar e me cobrir a face de beijos.
Cuidadosa, nunca deixava que ao final da tarde, eu ficasse desagasalhado. Era para que não adquirisse gripes fortes e as doenças da época, como diziam. E nas vezes em que eu caía doente, com febre, o melhor remédio era o cuidado e o carinho que ela dia a noite devotava a mim.
Minha mamãe hoje está com Deus. Depois de cumprir sua missão por aqui, há quatorze anos, em uma noite triste, foi para junto do Pai. Ficaram as lembranças, a saudade e sua voz doce e terna ainda ecoa em meus ouvidos, em meu coração.
Hoje eu continuo me emocionando com muitas mães. E tenho as mães da minha vida, como a esposa amada, que é mãe de minhas filhas, minhas irmãs, mães de meus sobrinhos, as sobrinhas, mães de sobrinhos-netos... São as mães da minha vida e a quem dedico e recebo de volta carinho e amor.
Eu me emociono sempre com as mães que fazem parte do meu circulo de amizade, mães que cuidam dos filhos e filhas, com zelo extremo. E que além de mães são acima de tudo, grandes amigas dos filhos. Me emociono com mães que, com a missão já cumprida de criar os seus, se encantam a cada manhã com os netinhos. Continuam mães, e não abrem mão da convivência diária com quem tanto amam.
E como é doce a palavra mãe. Ou mamãe. Desde a mais tenra infância, quando começa a se balbuciar apenas duas silabas mágicas “mamã”, até a fase adulta, quando se chama simplesmente de “a mãe” ou mãe.
 Nesse segundo domingo de maio, dia das mães, dê presentes à sua mamãe. Esteja ao lado dela e a presenteie, não importa se com um presente caro ou mais simples, importante será a presença e a lembrança.
Mas, acima de tudo dê um presente maior: amor. Dê amor, ternura, carinho e deixe a certeza que sua mãe é muito importante para você. Afinal, comemora-se o dia das mães no segundo domingo de maio, mas todo dia, é dia das mães.
Parabéns, mamães. Parabéns!