domingo, 31 de janeiro de 2016

FALTA




Nem poemas,
Nem versos
Previsíveis,
Lógicos
Ou controversos...

Sem versos e poemas:
Página em branco,
Vazia...

Sem versos,
Sem poesia
Nem mesmo uma
Aldravia...

Nem versos, nem rosas
Sem o alimento diário
Da poesia

Sem versos,
A Poesia,
Ausente...

Sem versos,
Sem orquídeas
Sem rosas...
Sem o lirismo
Da fugidia

Poesia...

-*-


#Deumpoetaqualquer

“ALUIR A PALHA, RUIR A PILHA”, O PRIMEIRO LIVRO DE HAILTON CORREA




O lançamento de um livro e sua presença no meio literário é motivo de jubilo e louvores. Ainda mais que, sendo o primeiro do autor, nos brinda com a chegada de um operário das letras e a certeza de que novos e interessantes livros hão de vir. Diz-se que, ao lançar um livro, o escritor já tem em mente o próximo, o próximo e o próximo trabalho. Se não escritos, ao menos encaminhados, pensados, planejados. E um livro, gerado nas entranhas da alma e do coração, sempre é algo alvissareiro e marcante.
Ao escritor, é dado o direito de sentir sempre a renovada emoção de ver seu trabalho, seja um singelo poema, uma crônica em páginas de um jornal, nas ondas do rádio ou nas folhas brancas com letras pretas de um livro. É emocionante saber que o resultado daquilo que nos deixou minutos, horas, dias ou meses –quiçá anos – será objeto de atenção, de carinho e de obtenção de emoções por parte de quem lê, que acaba vivendo, vivenciando e adentrando no que está contido ali. Que o leitor haverá de identificar-se e sentir o coração tocado com aquela narrativa.
Através de uma rede social, recebi o convite para comparecer ao lançamento de “Aluir a palha, ruir a pilha”, e fiquei a imaginar e a recordar termos de minha infância, dos dialetos que eram presentes na longínqua e distante Fazenda Nova América de minha infância. E o titulo me leva a isso: “aluir a palha, ruir a pilha”. Aluir, é um verbete do mais puro dialeto goiano, da terra, do interior, da simplicidade da gente boa do meu querido estado.
“Aluir a palha, ruir a pilha”. Um título interessante por demais para um livro e que, nos leva imediatamente ao desejo de consumir avidamente o conteúdo. Esse título nos leva à lembrança da beleza dos contos de Carmo Bernardes, ou da poesia das crônicas de Jean Pierre Conrad.
Mas, quem afinal é Hailton Correa? E esse seu nome começando com H o quer torna-lo diferente?
Hailton, como os meninos de sua geração, correu, brincou e andou pelas ruas descalças e pedregosas de sua Itauçu natal.  Cresceu órfão de pai, que perdeu aos cinco anos de idade, e foi criado pela mãe – guerreira e lutadora – e pelos irmãos mais velhos.
 Como foi trabalhar desde cedo, Hailton Correa percorreu caminhos: foi engraxate, vendedor de laranjas e na adolescência e a fase adulta, exerceu funções, como arrancador de feijão, ceramista e cobrador de ônibus. Não há dúvida que as vivências nesses diversos momentos da vida foram o campo fértil para a inspiração com que compõe sua literatura. “Aluir a palha” termo que pode ter o significado de que determinado sujeito é tão preguiçoso que sequer dá conta de “aluir a palha” – é certamente resultado de suas andanças na arranca do feijão, ou nas observações feitas aos passageiros dos ônibus onde trabalhou durante certo tempo da vida.
Hoje, Hailton é servidor público. E, instado por uma amiga, em 2011 entrou para a Faculdade de Letras de Inhumas, onde concluiu a graduação em 2014. Além de licenciado em letras, é agora Escritor.

De minha parte espero aluir a palha e ávida e intensamente, fazer uma imersão nas histórias contadas em livro por Hailton Correa.