sábado, 30 de dezembro de 2017

2018 CHEGA. QUE SEJA UM ANO FELIZ




O ano de 2017 chegou ao fim e creio que para a maioria dos brasileiros, isso traz certo alivio. Afinal tivemos sim um ano muito difícil, cheio de incertezas e dificuldades, com um governo federal insensível e em muitos aspectos desumano. Parece governar, dirigir o país conforme os próprios interesses e de seus apaniguados. Demonstra ter como obsessão arrancar o minguado e parco caraminguá do povo, inclusive dos mais humildes e aprovar a toque de caixa àquilo que acha que será o melhor para o país. Será mesmo? Sem debate, sem esclarecimentos, sem honestidade até.
Vivemos nos últimos dias de dezembro na grande mídia o tempo das retrospectivas. Retrospectivas de quê? É claro que o tema dominante será a violência. Isso foi constatado nos telejornais do horário do almoço, que fizeram questão de valorizar e colocar em evidencia fatos tristes, lamentáveis de uma parte da sociedade que sequer merece a dádiva de viver. Embora sejam seres humanos, são brutais e desconectados com o bem.
Não quero aqui pedir que importantes veículos de comunicação deixem de cumprir a sagrada e fundamental missão de informar à sociedade tudo o que ocorre. Mas, ponderemos: o bem também pode e deve dar audiência.
Vamos nos ater então, esquecendo maldades dos governantes, parlamentos e seus apaniguados, ao bem cotidiano que norteia e nos faz seguir em frente nessa jornada fantástica que é a vida.
Sim, a vida! Por mais que tenhamos momentos difíceis, quando acreditamos ser quase impossível supera-los, que na nossa retrospectiva intima e particular, fora da telinha ou das ondas do rádio, possamos valorizar e sobrepujar sobre todas as outras coisas o bem!
Por mais que os mandatários do mundo, motivados pela sanha do vil metal promovam a guerra e não a paz – algo que pensamos fácil se tivessem coração -, que nossos caminhos sejam muitas vezes tomados pelo medo e pela insegurança, vamos acreditar que podemos fazer e ter um mundo melhor.
Precisamos nesse ano novo votar melhor, de maneira totalmente consciente. Nunca, jamais votar em corruptos. Não colocar ou recolocar nos parlamentos políticos descompromissados com a cidadania, com a honestidade – algo difícil em um político, né – e com os menos favorecidos aqueles que definirão nossos destinos. Depende e muito de nós. Na hora do voto, somos soberanos. Mas precisamos não aceitar cabresto e nos unirmos em torno de valores que devem ser exigidos dos representantes que elegeremos.
Penso que a partir disso podemos ter um ano de 2018 melhor. Que seja um ano onde ocorram encontros e reencontros com a alegria, a felicidade a harmonia. Ah, não esqueçam de cobrar também dos membros do poder judiciário a justa aplicação da lei a quem deve à sociedade por crimes praticados.
E que a partir de nossas atitudes tenhamos sim um novo ano feliz. Que venhamos alcançar os sonhos que estiveram distantes e inalcançáveis. Que nesses reencontros se possa abraçar aquele amigo ou irmão que esteve ausente e que a paz, a tão sonhada paz prevaleça, ao lado de justiça social e do bem comum.
Que tenhamos um 2018 incrível e surpreendente. Com a paz, o bem e a alegria sendo nossos principais companheiros.
Que 2018 seja um grande ano.
 E assim, desejo um feliz ano novo a todos.






sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

CRÔNICA DE NATAL



As alegres luzes que adornam a singela e para mim, sempre bela e alegre árvore de natal que há anos montamos na sala de nossa casa, trazem o clima e a certeza que estamos no natal; natal do menino Jesus, tempo em que devemos comemorar o aniversário do Filho do Pai.
E diante do magnifico piscar das luzes que ininterruptamente despejam sua alegria no ambiente, começo a refletir sobre como o ano passou rápido. Aliás, não só o ano, mas a vida, como tudo passa ou tem passado rápido.
Ao aprofundar um pouco mais minha reflexão, lembro que um dia desses eu chegava a Goiânia. Chegava ainda adolescente, no início da mocidade. Inseguro, após descer do ônibus na Avenida Independência, subi puxando uma mala com parcos pertences pela Avenida Goiás até a Rua Três, em busca do local onde meu irmão morava. Ali começava minha vida na cidade grande, na grande metrópole que como dizem, tem a mania de fazer as pessoas se apaixonarem por ela.
Os dias, os meses, e alguns anos se passaram e já ao lado da amada, vi nossas filhas nascerem, comemorei a conquista da casa onde moramos até hoje, e o tempo, inexorável como é, nem me fazia perceber que as meninas iam crescendo. A vida e suas etapas se cumpriam.
Com o tempo, as filhas queridas seguiram seu caminho. E em uma tarde quente de março chegou o menino Gabriel, de rosto plácido e lindo, chorando bastante diante do mundo que se apresentava a ele. Eis que eu me via novamente diante de choro de criança nova, que trazia renovação e acalento. Com ele, o coração também se renovava, se enchia de jubilo, alegria, felicidade. Passei a ser um avô coruja e cheio de cuidados como todo avô.
Voltando às luzes que me encantam e às reflexões, lembro que em alguns estados do país o natal de muitas famílias será de tristeza, mesa pequena e incerteza.
Tenho amigos queridos em todo o país, inclusive na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. A capital potiguar traz em seu nome, nada mais, nada menos que Natal. E Natal, cidade onde por algumas vezes estive, também é sinônimo de alegria e fraternidade.
E a bela e acolhedora cidade de Natal neste tempo de natal encontra-se sitiada.  Com a ausência de policiamento nas ruas em face de atraso de salários a insegurança e o medo persistem, desde a imponente e badalada Praia de Ponta Negra, passando pela Via Costeira até a popularíssima Feira do Alecrim. E no meio de tudo isso, um imponente e vistoso – embora sem utilidade – estádio ou arena de futebol, que custou milhões de reais, e hoje sem serventia alguma para a sociedade potiguar.
De maneira particular, não quero comparar esse natal com o do ano passado. Entre um período e outro, muita coisa aconteceu. E o que mais marcou, foi a tragédia que se abateu sobre meu irmão, quando em uma quase manhã de maio, na cidade de Palmas, um cidadão embriagado provocou um acidente de trânsito, levando-o a uma situação de saúde praticamente irreversível. Resta-nos a fé. Confiemos.
Mas é natal. E apesar das dores que porventura a vida nos traz, das dificuldades que de uma maneira ou de outra até servem para nos fortalecer, é abrir a alma e o coração e se deixar enlevar pelo espirito de natal.
Que o sorriso esteja presente no rosto das pessoas e as luzes, como as da árvore de natal de minha sala, contagiem e encham de alegria a noite em que celebramos a vinda do Menino Jesus.
Que o natal de todos os amigos queridos seja cheio de luz, de paz, harmonia e muita, muita esperança. Que possamos sonhar e acreditar em um mundo melhor e fraterno.
E que seja um feliz, um feliz natal!



sábado, 9 de dezembro de 2017

SINAIS DE PAZ – AINDA QUE TÊNUES – NO CAMPO DO FUTEBOL



No início dos anos 1980 quando cheguei em Goiânia vindo do interior, fui morar no centro da cidade, na Rua Três, na companhia de meu irmão, em uma pequena e acanhada edícula. Naqueles tempos difíceis, de segunda a sábado trabalhava duro na lanchonete do extinto Supermercado Alô Brasil, que ficava próximo ao Mutirama, e aos domingos a rotina era estudar de acordo com aquilo que a escola exigia e ouvir canções, ou compor algum poema singelo.
Com o tempo, comecei a frequentar o Estádio Serra Dourada. Era bacana ir aos domingos à tarde assistir os jogos da “geral”, bem perto do gramado, sempre na companhia do meu saudoso primo Delerito, servidor da justiça estadual e torcedor do Goiás “roxo” e “doente”.
Assistíamos às as emoções que só um clássico Vila e Goiás pode proporcionar lado a lado, em frente às cabines de rádio. Ele com sua camisa verde e eu com a minha colorada. Terminado o jogo, voltávamos a pé até o centro, onde Delerito pegava o ônibus para o Conjunto Cachoeira Dourada e eu ia para meu pequeno canto. Incluía nesse trajeto a pé uma parada em um carrinho de ambulante na praça do cruzeiro, onde degustávamos aquele cheiroso e fumacento espetinho de gato, acompanhado de uma coca-cola de garrafinha ks, bem gelada.
O tempo passou e os estádios de futebol foram ficando cada vez mais distantes para mim. Embora eu continue acompanhando futebol, feliz com a temporada de 2017 do Vila Nova e esperançoso que em 2018 possamos ir para a Série A, lugar onde o Vila Nova, pela sua torcida e tradição merece estar.
Quanto aos estádios, a última vez que assisti um Vila Nova e Goiás foi em 1993, decisão do campeonato estadual, onde o Vila se sagraria campeão. Àquela época, a violência já estava presente e crescente, inclusive com torcidas ditas organizadas se engalfinhando ao final do espetáculo futebolístico.
Dali em diante, não tive mais coragem de assistir a um clássico entre as duas equipes. E a violência foi só aumentando,  com notícias de mortes a cada embate entre as  duas equipes – o que deveria ficar somente no campo desportivo e dentro de campo – foi para as arquibancadas, terminais de ônibus e setores distantes, onde a violência e a guerra de ditos torcedores continuava. Recentemente, foi estarrecedor ver um pai com a filha ainda criança nos braços assustado, tentando fugir da onda de brutalidade que corria pela arquibancada, onde torcedores adversários e policiais travavam um embate violento.
Nesta semana, o presidente do Vila Nova, o jovem Ecival Martins, teve a grandeza, elegância e delicadeza de convidar publicamente o presidente do Goiás Esporte Clube para a cerimônia de sua aclamação e posse. O fato foi bastante comentado na imprensa esportiva e eu, daqui tive a esperança que a partir deste gesto simbólico o futebol voltasse a ser de paz e se pudesse voltar a viver momentos onde poderia assistir a um clássico ao lado de um amigo que ostentasse as cores do adversário.
Mas, embora o presidente do Goiás, Dr. Marcelo Almeida tenha aceitado o convite e confirmado presença, a partir de uma declaração contrária do presidente do conselho deliberativo colorado tudo se esvaeceu.
É alvissareiro ver atitudes que fomentam a paz e a harmonia no futebol, como fizeram Ecival Martins e Marcelo Almeida
A harmonia e a paz precisam voltar de maneira natural ao futebol. Penso que a presença do Dr. Marcelo na posse do presidente colorado seria um grande exemplo que o embate deve ficar sempre em campo nas quatro linhas e durante o jogo, sempre de maneira leal e correta.
Porém o sonho durou pouco. Mas que sirva de exemplo a atitude dos presidentes das duas maiores equipes de Goiás. O futebol arte e a harmonia agradecem.


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

DEZEMBRO, CHUVA, SAUDADES... E LIMPEZA NA POLÍTICA!


Imagem retirada da internet


O mês de dezembro chegou com chuva mansa e noites amenas. Chuva calma e benfazeja, que molhando a terra e traz acalento e poesia e me faz viajar por momentos de saudade, alegria e muita, muita nostalgia.
Mas dezembro também chega com a presença massiva de comerciais na TV, buscando a todo custo o consumidor com ofertas dignas de black-fraude, tentando convencer que comprar aquele produto naquela loja trará felicidade e acima de tudo, todos os gozos e prazeres da vida. A felicidade total da vida se resumirá na aquisição daquele bem. Coisas do marketing.
Ao observar diálogos nas redes sociais sobre o mês de dezembro e o natal, volto ao tempo da infância, quando apesar de todas as dificuldades pelas quais passavam nossos pais, sempre havia um jeito de comprar uma roupa nova para cada filho e filha. E na noite de natal sempre se encontrava um carrinho para os meninos e uma boneca para as meninas, ainda que dos mais simples e baratos modelos. Quando a coisa estava mais difícil, ainda que fossem balinhas e pirulitos, carinhosamente eram deixados debaixo da cama ou entregues diretamente aos mais velhos. E indiferente do que fosse o presente, todos se confraternizavam e sentiam-se felizes na comemoração natalina.
Em dezembro – últimos dias da primavera – é um mês onde normalmente fazemos algumas pausas e de maneira tranquila, paramos para pensar, refletir sobre como foi o ano. E sem perceber nos vemos a fazer novos planos para o ano que se aproxima.
A esperança de dias melhores sempre vem com a proximidade de um novo ano. A economia real do país – não a ufanista e claramente mentirosa que propagam aos quatro ventos – e a pouca vergonha da grande maioria de nossos políticos, acusados de tudo quanto é falcatrua e crimes, nos deixam apreensivos quanto ao futuro.
Sendo assim temos que nos precaver e objetivamente não eleger nas próximas eleições, seja para os parlamentos ou para o executivo, nenhum político bandido. Não poderemos aceitar o lugar comum e a falsidade daquela famosa frase: “rouba, mas faz”.
O brasileiro trabalhador e honesto, honrado e de princípios, têm que colocar como gestores e condutores de seus destinos pessoas que vão dar satisfação de seus atos e não nos encher de vergonha, além de nos tirar direitos arduamente conquistados e nos encher de obrigações.
É preciso evitar aqueles políticos que depois de eleitos, fogem dos compromissos assumidos e das aspirações de quem os elegeu, confiando que o povo tem memória curta. Eles, em quatro anos podem ficar longe do povo, vivendo nababescamente, porém agora voltam “humildes” e “sinceros” pedindo os votos que garantirão uma série de mordomias e até impunidade por crimes.
Mas voltando à saudade, nostalgia e depois desse quase desabafo, melhor pensar positivo. No ano que se aproxima o povo brasileiro saberá votar e assim, eleger menos ladrões da “res” pública. Dessa forma podemos colocar nossos sonhos, desejos, projetos de vida em andamento.
E que tenhamos a possibilidade de buscar sempre a paz e a harmonia, obtendo muitos momentos felizes, afinal alegria e harmonia são o que mais almejamos. Com trabalho, progresso, paz e esperança de dias melhores. 
Assim, seja muito bem-vindo, dezembro!