Último registro dos irmãos juntos, em Silvânia no final dos anos 1990. Da esquerda para
a direita: Tibá, meu pai Nezinho, Tio Américo (Timerquinho) e Tio Elias. Saudosa memória.
Soube
nesta noite quente de sábado inverno da passagem de Tibá – cujo nome era Francisco Américo
Araújo – meu tio, o mais novo dos irmãos do meu saudoso pai.
Tibá
morava na cidade do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador e durante sua longeva
existência sempre foi um homem de bom coração e muito devoto a Deus. Minha convivência
com ele foi pouca, mas guardo comigo muitas lembranças, principalmente dos
tempos da infância, quando ele vinha nos visitar na querida Fazenda Nova
América, onde moravam meus pais e meus avós.
Tibá,
militar da Força Aérea Brasileira, entendia muito de eletrônica. Soube que
depois que passou para a reserva, ainda foi trabalhar em uma fábrica de radares
ligadas à própria Aeronáutica.
Muito
divertido, era sempre alegre, tocava violão muito bem e adorava canções de
Bossa Nova. Quando aparecia na fazenda, além das brincadeiras com meu pai e dos
banhos de riacho, por entender bastante de eletrônica, em um tempo em que um
rádio tinha imensa importância por ser o meio de comunicação mais popular e
abrangente, ele sempre dava jeito nos velhos e carcomidos aparelhos das pessoas
vizinhas. Se estava estragado, consertava, se estava mais ou menos dava uma
sobrevida. Nunca deixava um rádio, por
mais estragado ou velho que fosse, sem “falar”.
Uma
das últimas lembranças que tenho dele foi quando ele visitou meus pais que à
esta época moravam em Silvânia. Logo após o Jornal Nacional que meu pai tanto
apreciava ele nos chamou para rezar o Santo Rosário, uma de suas devoções.
Valeu,
Tibá. Siga em paz!
Paulo Rolim
Que Deus lhe conceda a luz do céu.
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