sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DO AMOR E DA VIDA


                    Antes de chegar um novo dia, invariavelmente estou acordado e imerso em meus pensamentos, elucubrações, sentimentos.
                    Nessas viagens ao interior do coração busco relembrar alegria e saudade. Como o tempo em que criança, menino ainda, ficava encantado e emocionado com sons e acordes tirados ao violão por mãos rudes e dedos calosos. Um dia vou aprender tocar violão, pensava.





                    A música e a poesia desde muito cedo estiveram presentes em minha vida. Dos acordes do violão ao canto dos pássaros, das canções no rádio às cantigas das lavadeiras no córrego, tudo era motivo de felicidade e alegria.
                    A poesia chegou a mim logo através de meu pai, que em densos e belos poemas de amor exprimia seu sentimento, sua alma, seu querer. Depois, conheci Vinicius, Bandeira, Cora, Aquino.  Também poemas em forma de crônica de Jean Pierre Conrad, que descrevia com maestria as coisas simples e belas da vida.
                    Um dia, o amor chegou e preencheu meu coração, tomou conta de mim. Amor que me fez encantar com a beleza de uma lua cheia em noite calma e de violão plangente... “Eu te darei o céu, a lua, as estrelas...”


                    O amor... Tem pessoas que dizem não conhecer o amor. E não conhecendo o amor, preferem deixar sentimentos ocultos, escondidos. Outros afirmam que amar é algo subjetivo, efêmero às vezes, sazonal. Penso que não, o amor é muito mais que puro e simples encanto, muito mais que admiração, desejo. Amor é conjunto de ações, emoções, entrega, cumplicidade.
                    Amor prevê também saudade da pessoa amada, tristeza quando ausente, e alegria incontida quando do reencontro feliz, do beijo emocionado. Ou talvez aquela emoção sentida alguns segundos antes da chagada da pessoa amada. Expectativa, paixão.
                Ainda sob a luz da lua, na madrugada uma serenata. Serenata que traz canções que fazem palpitar de felicidade e bater mais forte o coração. Canções que fazem sonhar. Ouvir de olhos fechados o “tema da vida dos dois”. Antes que a ultima estrela se vá, o beijo furtivo, ou talvez a saudade que se inicia.




                Amor. Felicidade. Lua cheia. Serenata. Canções. Saudade.
                Logo, os primeiros raios de luz surgem no horizonte e a noite a se despedir. A escuridão se vai...  Começa o dia com bela sinfonia de pássaros. E chega a hora de buscar o trabalho, responsabilidades, compromissos assumidos. A luta diária. Desigual, às vezes, mas nunca injusta.
                E a batalha diária fica mais amena quando o amor é presente.

3 comentários:

  1. Paulo Só mesmo um poeta, escritor que escreve com coração para declarar tão lindo sentimento que é o AMOR! Sempre buscando em suas raízes inspiração para seus belos textos que nos encanta e enche nossos corações de Paz e Bem... Parabéns pelo texto. Boa noite!

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  2. Nosso escritor goiano, o Paulo Rolim, expressa nessa sua crônica o que há de mais belo nos corações dos apaixonados. O amor!
    Expõe com maestria. De forma simples e diferenciada, da sua caneta, ele faz brotar o real sentido do amor.
    Amor que só os amantes sabem expressar em suas serenatas, canções, palavras, ações e poesias. E que somente os amados e amadas são capazes de entender.
    Valeu, escritor goiano! Valeu muito! Obrigado!!!
    Reinaldo Bueno

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  3. Que lindo, Paulo! Só quem tem um coração sereno pode escrever assim e levar aos leitores o sentimento de mais amor à vida.

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