sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

RÁDIO: INSUPERÁVEL E SEMPRE COMPANHEIRO





Para Dalva de Oliveira - eterna dona da noite e rainha do rádio!


Decorridos quase cem anos da primeira transmissão radiofônica no Brasil, o rádio continua sendo um grande e insubstituível companheiro.
Desde o grande rádio valvulado de mesa imponente e elegante, cujas marcas mais conhecidas eram Semp, Philips, ABC – A voz de ouro, Philco, Imperador e outros, que era o personagem central de muitas salas de visitas ao atual sistema, onde o som e a programação de uma emissora chega através do rádio no carro, no aplicativo no smartphone, ou mesmo através do portal de notícias, o rádio é o grande personagem da vida das pessoas.
Foi através do rádio, transmitido principalmente nas faixas de ondas curtas e tropicais, que o mundo encurtou distancias. Para quem morava nos rincões do Brasil ficar sabendo de notícias de familiares distantes ou mesmo do que ocorria nos poderes da república, o rádio era o grande e quase sempre único meio de informação.
Integrou o país de norte a sul, levando as diversas culturas do nosso continental país. Assim o Brasil soube de artistas como o gaúcho Teixeirinha, conheceu as vozes maravilhosas de Orlando Silva, Carlos Galhardo, sua majestade Nelson Gonçalves, Núbia Lafayette, Maysa, Emilinha Borba, Cauby Peixoto e Ângela Maria, Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, dentre tantos nomes.
Muita gente haverá de lembrar do Palhaço Carequinha, que fazia sucesso na poderosa e de grande alcance Rádio Globo do Rio de Janeiro. E das grandes emissoras de São Paulo, como a Rádio Record e Rádio Capital onde a música sertaneja de raiz teve vez, espaço e voz, principalmente através dos irmãos Oswaldo, José e Arlindo Bétio.
Em Goiás, tivemos como pioneira a Rádio Clube de Goiânia, hoje Rádio Sagres 730, seguida da Rádio Brasil Central, Rádio Anhanguera (hoje Rádio Daqui), Difusora Goiânia, Jornal de Goiás (hoje Band), Riviera que eram e ainda são AM, mas à época muitas transmitiam nas hoje esquecidas e para muitos desconhecidas ondas curtas e tropicais, que chegavam a todos os rincões do mundo – e a Rádio Universitária, que em 2018 completará 55 anos. A frequência de FM somente chegaria e se popularizaria no final dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Um dos grandes momentos do rádio, além de levar informação e cultura, era quando aproximava pessoas. Servia de fundo musical a momentos românticos ou mesmo permitia que pessoas distantes se conhecessem, através dos programas específicos que recebiam e divulgavam as famosas cartas dos ouvintes.
Em Goiás temos a nossa Rainha do rádio, a dona da noite, que com sua voz suave e doce propagava o amor através do romantismo sempre presente em seus programas.
Com nome igual ao de cantora famosa, Dalva de Oliveira é até hoje o grande ícone do rádio goiano e um dos maiores do Brasil. Começou por aqui ainda menina nos antigos sistemas de autofalantes da querida Campininha das flores e logo estava nas maiores e melhores emissoras do estado.
Dalva de Oliveira, a nossa querida e amada dona da noite, rainha do rádio, continua inesquecível. Marcou época onde o amor e o romantismo prevaleciam no rádio.
E Dalva de Oliveira merece todas as homenagens e todo o nosso carinho. Salvas e vivas à nossa sempre “Dona da noite”!


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

CARNAVAL, REALIDADE E FUTURO DO PAÍS


Imagem retirada da internet

É chegada a hora do povo brasileiro pensar o futuro.


O cancioneiro popular traz inúmeras vezes como tema o mês de fevereiro. São citações como a alegre “em fevereiro, tem carnaval” ou a romântica “quanto fevereiro chegar, saudade já não mata a gente. Já em relação ao mês de janeiro, não tenho lembrança de vê-lo citado em poemas ou canções. Talvez por ser um mês onde a letargia provocada por inúmeras festas de dezembro, onde se festeja o fim de um e o início de outro ano, coloque todo mundo diante da realidade da vida, que muitos só percebem após as festas.
É costume dizer que o ano só começa de fato após o carnaval, que normalmente acontece em fevereiro. É quando a realidade, após os dias de descanso ou festejos de Momo, se torna mais presente, normalmente com a chegada de uma bela fatura de cartão de crédito.
Fevereiro traz alguns simbolismos. É quando as notáveis e impolutas excelências voltam ao trabalho nas nossas honradas casas legislativas. Depois de merecidas e para muitos, curtas férias, após um “extenuante” semestre onde a lida com leis, projetos de leis e para muitos, a vassalagem diante de seus patrões dos poderes executivos a quem normalmente servem, voltam revigorados e com a aparência jovial, felizes e alegres, para mais um espetáculo no grande teatro que são os parlamentos brasileiros.
Ao voltarem “ao trabalho”, certamente hão de verificar se este ou aquele colega não está preso, ou fugindo de algum oficial de justiça – justiça que para a maioria das excelências tem sido injusta – ao contrário do que pensa o povo brasileiro.
Este mês de fevereiro em especial nos leva a muitas reflexões. Primeiro, por ser este um ano em que obrigatoriamente teremos que eleger nossos representantes para os poderes executivo e legislativo.
Daremos a poucas centenas de homens um poder sem igual. Será interessante que cada brasileiro pare e pense o tamanho da responsabilidade que delegará a poucos. E se eles após eleitos, terão compromisso de exercer seus mandatos com honra e honestidade. Como irão definir os rumos de nossas vidas, os caminhos pelos quais o país trilhará e ainda se teremos uma vida melhor ou como normalmente ocorre, de arrocho e sufoco. Afinal, “a economia precisa melhorar”, ou “os mercados exigem atitudes impopulares”. Normalmente, governantes atendem com celeridade esses requisitos para os mercados, mas para o pobre trabalhador, aquele cidadão que morre em filas à espera de atendimento médico, não veem nenhuma importância.
O que mais me preocupa nesse momento, é que os pretensos candidatos a serem os gestores de nossos destinos, são os mesmos de sempre. Em sua maioria, processados, muitos condenados e sob investigação, em busca de uma excrescência chamada foro privilegiado. São contumazes usurários e ladrões do erário. Para poucos se ergueu a clava forte da justiça, barrada muitas vezes por inúmeros recursos e chicanas jurídicas. É um avanço, mas precisamos que tais agentes da corrupção endêmica tenham medo da lei e deixem de roubar nosso país.
Que fevereiro, assim como os meses subsequentes venham e tragam a cada coração a luz necessária para que no dia em que ajudarem a decidir nossos destinos, estejam certos que estão fazendo o que será melhor para todos.
Assim, em fevereiro do ano que vem não estaremos conversando do sobre tantas mazelas, mas sobre poesia, romantismo e canções.
Afinal, nosso coração precisa de acalento, cuidado e poesia. Que vêm sempre com dias melhores.