segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DESEJOS DE PAZ E BEM... CRÔNICA DE ANO BOM




           Quase não notamos, mas como passou rápido. O ano de 2013 chega ao fim e em poucos dias estaremos no ano novo.
           Penso que mesmo sem perceber todos param um pouco, refletem o ano que passou e planejam novas ações, no sentido de alcançar o que ainda não alcançaram. Das coisas positivas é manter e melhorar o que foi conquistado no ano que finda. Um círculo venturoso, onde a cada doze meses nos permitimos avaliar e reavaliar nossos passos, nossos caminhos.
                Ano novo, vida nova? Talvez sim, talvez não. Nenhuma mudança significativa ou especial. De minha parte, quero continuar com o compromisso desse nosso encontro. Continuar a buscar nos recônditos da alma e do coração inspiração para a crônica da semana.
                Nesse ano que está por acabar tantas vezes estivemos juntos. Confesso que por diversas vezes me emocionei ao escrever algumas simples palavras. Palavras que permitiram que nos reencontrássemos com a saudade, com recordações e vivências de infância, excertos de momentos guardados no âmago do coração. Nostalgia que às vezes se transformou em pura emoção. Eu sempre procuro escrever com o coração, pensando na pessoa que, distante daqui, seja na cidade, na fazenda - ao pé do rádio - ou pela internet, ouve e permanece atenta à mensagem contida na crônica. Sendo assim, tudo farei para continuar a merecer o prestigio e a atenção dos queridos amigos.
                Ao ver que o ano está se findando, volto no tempo e recordo uma frase, que sempre era dita e redita por meu saudoso pai: “a vida passa muito rápido”. E como passa. Voa à velocidade incomensurável da luz. Sem percebermos, corre diante dos olhos, contida na nossa rotina diária.
                Ainda ecoam os votos de Feliz Natal e estão presentes os de Feliz Ano Novo. Gosto das mensagens e das felicitações, que sempre trazem otimismo e desejos de felicidade. Desejos de saúde, paz, harmonia e prosperidade. Parecem até repetitivas, mas nosso coração espera sempre ouvir isso ao fim de cada jornada, de cada ano. Creio que renova tudo, reafirma as esperança e traz a quase certeza que serão realizadas.
                Ao circular pelas ruas e avenidas consigo ver em cada rosto um ar de fraternidade, de alegria e consideração ao próximo. Aquele semblante carregado, tão comum no dia-a-dia, parece ter se dissipado na beleza das luzes coloridas que decoram nossa bela cidade.
Um catador de recicláveis, mesmo fatigado pelo peso de sua carroça cheia, pára ao lado dos carros e manifesta aos motoristas sua mensagem de feliz ano novo. Sinal que a fraternidade independe de classe ou posição social.
                Quem em 2014 continuemos juntos  e colhendo aquilo que plantarmos. Que essa colheita seja rica em alegria, saúde, harmonia, paz e prosperidade.  Que todos possam viver a graça de um FELIZ ANO NOVO. FELIZ 2014!!!


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL



Feliz Natal, amigos e amigas!!!

Amigos e amigas, generosos e queridos, que sempre prestigiaram este blog, que ouvem minhas simplicidades, minhas singelas crônicas ilustradas e magnificamente interpretadas pela voz maravilhosa do amigo João Sobreira Rocha, nas ondas da Rádio Universitária AM 870, ou através dos jornais, dentre eles o Diário da Manhã de Goiânia, que mantém o plural e democrático Opinião Pública!
Obrigado!!

Assim, a todos os amigos e amigas, votos de Felicidade, e um Feliz Natal!!







domingo, 15 de dezembro de 2013

LATÊNCIA




Esperando benevolência do tempo...
Que passe rápido... Muito rápido... 
Como nuvens tocadas pelo vento 
Ou como um pôr-do-sol, 
Que, inunda de beleza
O mundo, a vida...

Logo chega a escuridão da noite
E traz a certeza de, em breve, 
Uma nova manhã.
 
Então,
Que essa manhã
Seja brilhante e alegre... 

Embora o brilho e a alegria, 
Estejam no teu sorriso...
Na doçura de tua voz... 

Te amo!


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

NOVEMBROS




Em um Novembro, 25...
Mandei flores...
Há trinta Novembros!

Eram rosas...
Rosas vermelhas
Adornadas com pequenas flores amarelas
Em belo bouquet...
E junto com elas,
Meu coração...

Acompanhava
Um singelo e humilde cartão

Onde
Ao final de poéticas e
Simples palavras,

Havia uma declaração:

Te amo!

-*-



Feliz aniversário!



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

POR TANTO AMOR...


                
Depois de dias e dias chuvosos, a mãe natureza nos brinda com um entardecer de sol brilhante e céu azul. Ainda que durante o dia tenham caído pingos de chuva, a tarde veio de sol, com canto de pássaros e suave brisa que carinhosamente me acaricia a face.
Embevecido com o belo momento da natureza, me vejo a refletir sobre a vida, os sonhos que acalento – ou já acalentei – e concluo que todos os dias novos sonhos chegam - ou se vão.


   
Nuances e circunstancias me obrigam a adotar posicionamentos e tomar decisões. Ou, por vezes, absorver aquilo que se apresenta e administrar da melhor maneira possível. É o real e rotineiro ato de viver. A contrapartida vem com esses momentos de beleza intensa, de uma tarde única, com canto de pássaros.
Em meu imenso quintal me deparo com um pequeno e frágil ninho, onde há dois filhotes. O casal de pássaros se reveza no cuidado e no aconchego aos pequeninos. Ao me aproximar, percebo que eles não gostaram em nada da minha presença. Emitindo sons nervosos, ficam ali, como a me intimidar e dizer: afaste-se. É um ato de amor, dos pequeninos seres, na defesa de sua prole, que é a sequencia e o ciclo da vida. Dessa forma, cuidam para que nada falte ou nenhum mal aconteça com seus filhotes.



Embevecido com esses momentos de ternura, me dirijo à faculdade. Local encantador, onde a cultura e a arte são aparentes.
Ainda na rua, vejo alunos ensaiando com seus instrumentos se sopro na porta do teatro. Não sei o motivo pelo qual ensaiam ali, mas soa para mim como boas vindas, prepara minha alma para o que vou encontrar em instantes.
Ao entrar na escola, vejo alunos em efervescente ir e vir. Movimentos de danças, sons de  piano, saxofone, violão e os ensaios de uma orquestra. Mágico lugar.
Imerso em pensamentos e emoções, me vejo cercado e ladeado por pessoas queridas, pessoas amadas, que tanto gosto. Que dividem parte de seu tempo comigo. Estamos juntos todas as noites em busca do conhecimento, de aprender o sentido da filosofia e da arte. E da vida.
Dividimos cotidianamente alegrias e vez em quando, tristezas. E o carinho que recebo, tenho certeza que é fruto daquilo que planto, da alegria e da boa convivência que vivemos.
Palavras amigas, de conforto são como bálsamo. Trazem paz, calmaria e quietude ao coração.
Em cada abraço recebido, em cada afago, senti muito a presença de amor, ternura dedicação. E por tanto amor, me senti querido e bem melhor depois de tudo isso.
O abraço coletivo foi o ápice. Coroou o momento. E, com o coração leve e agradecido, espero retribuir. Afinal, por tanto amor, seguiremos juntos. Sempre! Vivendo com as emoções que a vida nos traz.



terça-feira, 5 de novembro de 2013

TRAJETÓRIA




Fui Vinicius...
Mandei flores... Me derramei em amores
Compus canções,
Poemas
Fiz declarações...
Encantado com o brilho de um olhar
E pela luz de um sorriso...

Estive Augusto...
Sem a presença de anjos...
Ao lado de Dionísio,
Baco...
Não mandei mais flores,
Perdi teu endereço...
Me vi imerso em dores...
Sem inspiração
Para poemas... Ou canções...

Estou razão.
Sendo eu, apenas eu...
Coração sólido?
Talvez... Tentando...
Porém, aberto...
Que a vida traga!
E perpetue
Em novo amanhecer
Um amor,
Eterno, para sempre,
Como quis Vinicius!





#De_um_poeta_qualquer


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

DO TEMPO, DO AMOR, EM BRANCAS CÃS..

   

         As nuvens que cobriam o céu naquela tarde quente, em seu ir e vir, tocadas pelo vento rapidamente desfaziam as imagens que se formavam.
            Naquele parque, de muito verde, centenas de pessoas faziam sua caminhada ou corrida, crianças brincavam no amplo play-ground e jovens, em lençóis estendidos no chão, preguiçosamente, deixavam a tarde e o tempo passarem, como se não estivessem ali, enlevados e embevecidos em seus momentos de ternura.
            Ao longe, percebo um casal que se aproxima, em passos lentos. As marcas do tempo estão presentes e nítidas nos cabelos e no rosto de cada um. Calma e pacientemente, ele a ampara, cuida para que cada passo dado, curto e trôpego, se torne seguro.
            Chegam até um pequeno banco de madeira, onde ele a ajuda a se sentar. Mesmo à distancia, percebo que um respeitoso silencio se impõe entre os dois. Ela, olhado para o horizonte, às vezes para o céu e ele, mirando a face dela, meio que de lado. Como se quisesse dizer: estou aqui, para tudo que precisar.                                               
            Resolvo me aproximar. Cuidadosa e discretamente, fico ali perto, sentado no gramado. Nesse momento, percebo que conversam entre si. Não falam de dores, nem de saudade, mas de vida. Louvam o carinho de alguns jovens que estão mais distantes, falam de coisas boas do dia a dia e se perguntam: como estará a lua hoje?
            As mãos entrelaçadas mostram o imenso carinho que dividem. Desde que chegaram e sentaram no pequeno banco em nenhum momento soltaram as mãos. Mãos dadas, carinhosamente juntas, seguras. Gesto de amor e ternura.
            Em determinado momento, ele se põe a declamar poemas. Sem cerimônia, para que quem passasse ou estivesse perto como eu, pudesse ouvir. Ela vira o rosto para ele e, olhando nos olhos, se deixa embevecer com aquelas palavras de carinho. Confesso que a emoção tomou conta de mim ao presenciar esse belo e envolvente momento.
            Ao fim do poema declamado por ele, pude ouvir a voz frágil e tênue dela a dizer “obrigado”, seguido por um “amo você”.
            A tarde foi se indo e a noite começou a chegar. A luz artificial do parque logo foi complementada por majestoso luar, que chegou aos poucos, na companhia de estrelas tímidas, quase imperceptíveis.
            E os dois ali, em obsequioso silencio, em momento incomensurável de ternura, a se encantar.
Saí dali com a alma feliz, o coração renovado. Que esses momentos de ternura, enlevo, paz, harmonia e alegria da presença um do outro possam acontecer sempre.
As limitações físicas impostas pela passagem do tempo implacável não impediu um casal - que certamente estão juntos já anos - de dedicar carinho na forma de poemas, mãos entrelaçadas, e de namorar em uma tarde/noite em um banco de um parque, sob a luz de belo luar.
Nem o tempo, nem brancas cãs impediram que renovassem seus laços de amor, com o olhar terno, com mãos entrelaçadas, a dizer um para o outro: “eu te amo”.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

TE ACALENTAR





Recosta a cabeça
Em meu peito acolhedor...
Deixa que te envolva
Terna e suavemente
Em meus braços...

Descansa,
Sinta-se segura...
Fecha os olhos e
Sonha
Com instantes de
Calmaria e paz...
Enquanto
Acaricio teus cabelos
Com a ponta dos meus dedos...

Enfeita tua face
Com um sorriso meigo...
Em delicado momento
De ternura...

Viaja por caminhos
Ansiados, desejados...
Talvez, nunca percorridos...

Sem medo do novo...
Busca alegria,
Plenitude,
Renovar da alma...

Vem, fica...
E,
Não sai mais daqui...




De_um_poeta_qualquer




sexta-feira, 25 de outubro de 2013

FLORES, FRUTOS... COLHEITAS...

           

                      As flores chegaram mais cedo nessa temporada. Mangueiras e abacateiros derramaram seus cachos cheios de gineceus e androceus, ávidos por resultados que permitissem a perpetuação da espécie, sequencia da vida e certeza da fertilidade. Milhares de insetos, abelhas, e besouros circularam harmoniosamente diante dos belos cachos de flores e fertilizaram, levaram o pólen de uma flor a outra, unindo gametas e fazendo sua parte que tão bem a mãe-natureza os incumbiu.
                 Não demorou, e as flores deram lugar a pequeninos frutos, singelos, frágeis e esperançosos que cumpriram seu papel, tornando-se alimento e semente. A perpetuação da vida!
                 As flores se tornaram frutos e esperam calmamente que as chuvas venham, para que a seiva generosa as alimentem com os nutrientes necessários à vida e ao crescimento.
                 Noto debaixo das arvores um numero incomum de pequenos frutos caídos. Lembro que o calor toma conta de nossos dias e noites. As chuvas esse ano ainda não vieram como esperado. Estamos na ultima semana de outubro e poucos momentos de chuva tivemos, limitados pingos d´água que sequer chegaram a molhar a terra.
                 O fato é que a safra de mangas, goiabas, cajus, abacates e outras frutas, tão presentes na nossa vida, desde a infância, esse ano, será menor.
                 No decorrer desta semana, pude conversar com um sertanejo, pessoa acostumada às lides da agricultura. Ele me afirmou que nesses casos, a temporada das chuvas será menor e consequentemente, teremos colheita menor também. A produção na roça não será tão generosa como nos anos anteriores.
                 Fico a refletir sobre aquelas palavras. Vivemos momentos onde a tecnologia reina no campo com previsões do tempo que podem transcender meses. Sabe-se tudo com antecipação do que pode ou ao pode ocorrer. Pode-se prever com acerto quais commodities serão mais valorizadas. E não se tem apenas uma safra, mas varias, safra de verão, safra principal, safrinha, etc.


                 A mãe terra não tem descanso. Oferece suas entranhas diuturnamente à produção. O mundo, avido por alimentos, o mercado louco por produtos, exigem isso. A terra não pode ficar nua. Nunca, jamais.  Acabaram os nutrientes? Repõe-se. Cada dia a indústria química toma conta da agricultura.
                 A conversa me levou á infância, ao tempo que meu pai fixava o olhar no horizonte, nos sinais do céu, das nuvens e previa como seria aquela estação, aquele “inverno”. Plantava o suficiente para sobreviver, e o pouco que sobrava, era vendido na cidadezinha ali perto mesmo. }Era um tempo em que o campo era  o local onde o sertanejo buscava e produzia o alimento necessário apenas para sustentar sua prole, sem exageros e sem desrespeito com a mãe natureza.
                 Eu particularmente sou a favor do progresso, sou sim. Mas nada me tira o encanto de uma roça, onde o vento sibila entre cachos dourados de arroz e os pássaros usufruem apenas o necessário para a sobrevivência. Afinal, todos são criaturas de Deus, habitantes do universo.

                 Voltando ao cotidiano da cidade grande, que as chuvas venham logo e tragam clima mais ameno e conforto. E mesmo em ano que a safra de mangas, goiabas, abacates e cajus seja menor, a esperança permanece e continua. Dias sempre melhores haverão de vir  em nossa vida! Sempre!




quarta-feira, 23 de outubro de 2013

INSURREIÇÃO





Vem,
Chega perto,
Cola teu coração ao meu

Sem pensar no que pode estar nele
Afinal, coração é terreno restrito, 
Nunca percorrido...

Ilumina a noite
Com esse sorriso belo,
Solta a voz suave
Nas canções de jazz, blues
Ou
Em palavras de ternura...

Fica mais perto
Dá tua mão!
Hoje, mesmo sem luar,
É noite mágica
De sexta-feira!
Onde cabem
Sorrisos, flores,
Poemas e canções!
Vem!!



#De_um_poeta_qualquer

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

TANTO AMOR



Eu tenho tanto amor...
E nunca o explicito em palavras
Ou gestos...


Talvez, você nem perceba
A forma sutil do meu falar,
O jeito de te olhar

E o significado contido
Nesse meu sorriso tímido...



Ou ainda

O acorde de um violão
Quase desafinado...

Ah, eu tenho tanto amor,
Tenho tanto por te amar...

E esse amor
Pode ser notado em canções
Que não fiz...

Mas que sinto
Como se as tivesse feito!



#De_um_poeta_qualquer



PRIMAVERA: SONHOS E... SONHOS!



                Os últimos dias foram de um calor terrível na querida Goiânia. Calor terrível que aliado ao transito cada dia mais intenso e desumano, tornou a vida do cidadão quase uma catástrofe. São as reações da mãe natureza, onde colhemos aquilo que plantamos ao longo dos anos.
                O dia a dia traz obrigações e a certeza que precisamos continuar. Com calor, com frio, com chuva ou sol escaldante, a vida segue. Como a vida não para, o tempo não para, seguimos em frente.
                Seguir em frente... Seguir sempre em frente... Expressão eternizada em canções, como aquela diz: “Ando devagar, porque já tive pressa...”.
                E a vida impõe pressa. Impõe prazos, tempo a cumprir, exige celeridade. Celeridade nem sempre compreendida, mas sempre exigida... Pergunto: se a vida não é tão célere, tem seu tempo, porque não ouvir o tempo do coração?
                E, qual o tempo do coração?
                A cada alvorecer ganhamos a dádiva de um novo dia. Um novo período onde podemos fazer de tudo, inclusive ser felizes. Ganhamos sim. E a felicidade está em primeiro lugar? A elegemos como motivação maior do novo dia?
Cada dia traz novas nuances, traz novos rumos e acima de tudo, muita esperança. Onde estamos? O que somos? E o que seremos no próximo segundo?
                Somos capazes de compor sinfonias, realizar feitos fantásticos, ir ao espaço sideral, mas ainda não compreendemos a totalidade da alma humana.
                Viajo em meu dia a dia. Ao percorrer as ruas da bela Goiânia, vejo de tudo um pouco: pessoas apressadas, motoristas com alto nível de stress, comerciantes com um sorriso armado e previsível a esperar seu cliente.
Vendedores rápidos e ágeis oferecem agua mineral nos semáforos. Corajosamente defendem sua dignidade e sobrevivência. Sim! Vendem agua mineral sob sol escaldante, auferindo centavo a centavo o que vai garantir sua sobrevivência no dia seguinte. Um dia árduo. Conversando com um, soube que fica ali dez horas todos os dias... Dez longas horas. E consegue obter a renda que vai sustentar sua família.
E sonhos? Os tem? A resposta veio rápida: “companheiro, não dá pra viver sonhando... A vida passa rápido demais...” Quanta coragem e desembaraço. Filosofia...  Exemplo a seguir...
O sinal abre e o transito lento me permite refletir. Sonhos... Absolutos? Podemos relativizá-los? É relativo que são absolutos ou absolutamente, os sonhos são relativos?
Acreditar nos sonhos que tenho... O que aspiro? Serei capaz de realizações ditas “impossíveis”, mesmo em momento de intenso exigir? Ou talvez fosse melhor ouvir a voz da razão e nunca mais a voz do coração?
Tal indecisão traz um fardo pesado. Um imenso fardo. Algo que nunca me ocorreu na vida.
                Voltando à primavera, a chuva não veio tão intensa como se esperava... Mas veio trazendo acalento, veio devagar, mansa, benfazeja... Não ocorreu em todos os lugares da cidade. Veio quase a conta-gotas... E trouxe o clima bom, o clima ameno e que possibilitou noites de sono mais confortáveis, sem a presença incomoda do calor e do artificial ar condicionado.
                Condicionando que estamos sempre a querer a busca do melhor para nós. Mesmo que esse melhor seja esperar que sonhos se realizem e se tornem absolutamente factíveis.
                Ouvi dizer que um dia o homem olhou para a lua, mirou o horizonte do mar e sonhou ir além. E foi além. Desbravou o oceano intransponível e venceu as barreiras do céu, ultrapassou nuvens misteriosas. Tudo isso, a partir de sonhos, visionários que eram.
                Sonhos são ruins para quem os ambiciona. Sonhos... Desejos... De vida melhor, de obter uma casa nova, um carro confortável ou mesmo um poema declamado em tarde de domingo.
                Sonhos não são descritos ou mensurados. Sequer previstos como algo imediato. Afinal, são muito particulares. Nem sempre divididos.  E são sonhos, apenas sonhos. Podem ser realizados? Depende de quem os tem e acredita!  Depende da coragem dos detentores desses sonhos.
                Que na primavera, os sonhos aconteçam com a mesma certeza de fertilidade, renovação da vida, harmonia e clima bom que vieram com a chuva benfazeja. Que os sonhos se realizem. E que a felicidade chegue aos corações. Ainda, nesta linda primavera!


                 
               
                 

                               

INSTITUTO MARIA AUXILIADORA: TRADIÇÃO E MODERNIDADE!


O Instituto Maria Auxiliadora, tradicional escola de Goiânia encerra neste sábado, 19, sua Primeira Semana de Conhecimento, Solidariedade e Cultura, um conjunto de eventos e atividades que envolve toda a comunidade escolar.
Atividades esportivas com jogos de diversas modalidades na Mini Olimpíada, gincanas, apresentações de teatro, com espetáculos voltados para estudantes de diversas  faixas etárias, oficinas, apresentações de musica clássica e show de talentos.
Serão ministradas palestras de interesse geral, cujos temas vão desde “utilização de redes sociais pela família”, “Sexualidade e Afetividade” à “Prevenção ao uso de drogas”.
Na programação, uma manhã de autógrafos de um aluno da instituição, Alexandre Raizer Landim Silva, autor do livro infantil que é sucesso em todo o país “A princesa que usa óculos”. Alexandre e sua obra recentemente foi destaque no programa matinal da Rede Globo “Encontro”, conduzido pela apresentadora e jornalista Fátima Bernardes.
Haverá ainda o despertar da solidariedade, com visita à obra social mantida pela escola na periferia de Aparecida de Goiânia.
Esse grande numero de atividades vem mostrar que o sistema salesiano de ensino continua atuante e se modernizando  a cada dia.
A tradição de educação cristã salesiana, cuja filosofia se baseia nos princípios do Sistema Preventivo de Dom Bosco, trazido para Goiânia pelas irmãs salesianas no ano de 1956, encontra agora forte aliado, com o advento e a utilização de modernos meios tecnológicos, que estão sendo colocados à disposição dos educadores, alunos e pais.
A tecnologia, que inclui desde livros digitais até uma moderna plataforma de gestão vem complementar e tornar atual o secular ensino salesiano, cujo nascimento foi na Itália, no século XIX e desenvolvido e criado pelo próprio São João Bosco,  cuja base vão desde os oratórios festivos, a valorização do ambiente escolar e convivência amável entre educadores e alunos, tendo como ferramenta principal o estabelecimento do diálogo e a valorização da presença da religiosidade na vida de todos.
                Assim, Instituto Maria Auxiliadora inova com uma proposta pedagógica pastoral que inicia pelo sistema preventivo como força maior, valoriza a formação do indivíduo em todas as áreas importantes de sua vida, oferece formação continuada aos educadores, com avaliações permanentes e oferece material didático próprio, elaborado por equipe especializada.
                Livros digitais, plataforma de gestão, o portal Futurum, cadernos interativos, tudo com o que há de mais moderno e com a mais alta tecnologia, serão a partir do próximo ano rotina na vida da comunidade escolar do Auxiliadora.
                Uma perfeita integração entre o tradicional e eficiente sistema preventivo, com as modernas ferramentas e equipamentos de alta tecnologia, tão presentes na vida das pessoas hoje em dia desde muito cedo. E tudo sem perder a essência humana, contida no jeito salesiano de ser e educar. Completa isso a eficiente e capaz equipe de educadores e gestores escolares.
                Inovar sempre, sem perder valores e ensinamentos propagados e criados por Dom Bosco, há séculos. É assim o jeito salesiano de ser e educar, do Instituto Maria Auxiliadora. Com modernidade e tradição.




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

TANGENDO A BOIADA DA SAUDADE




A voz vibrante do apresentador, postado no altar da comunicação da Radio Brasil Central de Goiânia, destaca-se dentro do estúdio-auditório, de cadeiras azuis e confortáveis. É o inicio de um programa que há anos e anos está no ar, e mantém a tradição da boa comunicação do rádio, como nos velhos e bons tempos. Tempo em que o radio era o principal meio de comunicação e de diversão das pessoas. É o Goiás Caboclo, comandado pelo cidadão de Cumari, metrópole do Sul de Goiás, Jason Abrão. E Jason é um apaixonado pela terra natal, canta e decanta seu amor pela aldeia onde nasceu.
As primeiras canções que são apresentadas dão o tom do que será o programa desse domingo. São canções com o cheiro e o gosto de saudade, de terra molhada na roça, tradições tão caras ao povo brasileiro.
O Goiás Caboclo, cuja programação musical é composta por musicas do estilo sertanejo raiz, faz jus ao verdadeiro fim que deve ser o rádio: diversão, opinativo e serviço de utilidade pública.
Logo nos primeiros momentos do programa, um anúncio solicitado por um ouvinte chama a atenção: “Atenção Fazenda Remanso, no município de Pilões, Piaui. Joao de Siá Marina pede para o compadre Pedro levar os cavalos até a venda do Manezinho, que ele chega no sábado. Quem ouvir, favor comunicar”. Retratos de um Brasil que se vê e percebe apenas no programa Goiás Caboclo, onde o radio ainda é o grande meio de comunicação à distancia. Mesmo em tempo de modernidades e internet dominando, os recados através rádio ainda são imprescindíveis e eficientes.
E quando o ouvinte telefona e solicita uma canção é atendido rapidamente. Em poucos instantes, a canção pedida é tocada. Essa interação mostra a atenção e o carinho  demonstrados por Jason Abrão e equipe com seu público.
Generoso, Jason Abrão dá espaço a artistas que querem mostrar seu trabalho musical e são ainda desconhecidos do grande publico. Dá atenção e espaço, sem exigir nada por isso. Excelente oportunidade para que mostrem o trabalho, sempre fruto de muito sacrifício e batalha. Normalmente, na famosa “dose dupla de saudade” momento maior do programa, que acontece a cada hora.
E o Goiás Caboclo, tem seus personagens, pessoas que de uma maneira ou de outra passaram pelo programa, pela emissora ou por Jason Abrão. São citados em todos os programas, e que compõem um “cast”, que interage sempre. Casos como o famoso Rubão Cabaré, e sua esposa Olga, a quem Jason, não se sabe o motivo, chama de “coitada”. Rubão, pessoa alegre e de bem com a vida, sempre comparece ao programa.
Chegada a hora de ir embora, o programa perto do fim, e me vem aquela ponta de saudade. Jason Abrão com sua comunicação me leva aos tempos de criança, na distante Fazenda Nova América, onde o radio era a principal atração, e ocupava luar de destaque na pequena e humilde sala. Era, ao lado do violão tocado por meu pai, a diversão que proporcionava momentos de enlevo e alegria.
Saio do estúdio com o coração apertado. Na visita ao Goiás Caboclo reencontrei canções, alegria e o abraço caloroso de amigos verdadeiros.
Obrigado Jason Abrão. Obrigado por não deixar que morram as tradições e as boas canções. Precisamos de você, é importante que as novas gerações que saibam como é e o quanto foi importante o radio na vida das pessoas do Brasil, quase sempre, distante e longínquo.
Prometo que logo nos reencontraremos a qualquer dia, a qualquer hora, no Bar do Zé Américo, na querida Vila Nova, em Goiânia e trocaremos dois dedos de prosa, à moda goiana.

E continuaremos assim, sob seu comando, a tanger a boiada da saudade.