sexta-feira, 28 de junho de 2013

AMIGOS... PARA SEMPRE!

                Ainda não haviam surgido os primeiros raios de luz naquela manhã, quase fria, de um sábado de Junho. Pelas ruas, ainda vestígios das festas ocorridas na véspera...
                Foi em uma manhã assim, alvissareira e feliz, que te levamos à maternidade, para que chegasse entre nós.
                Impossível esquecer. Permanece muito viva e gravada na memoria a visão daquele rostinho calmo, cabelo pretinho e embrulhada com tanto carinho pelas enfermeiras da maternidade.
                O tempo foi passando. Cuidei muito de você, tanto quanto de sua irmã Thais, de quase sete anos a mais que você.


                Sempre foi viva, inteligente e calma. Menina aplicada na escola, muito inteligente, mas que não abria mão de brincar com suas bonecas ou com o cachorro “Muleke”, que fez parte da sua infância feliz. Nossos momentos, a descoberta do violão, das canções...
                Aquela noite, na pizzaria, seu aniversário de dez anos... Fizemos nosso compromisso, nosso pacto de amor e amizade: “seremos amigos para sempre”. E somos amigos para sempre. Marcamos que quando fizesse vinte anos, voltaríamos lá. No mesmo lugar, na mesma mesa, talvez o mesmo gentil e atencioso garçom...  Para renovarmos nossos laços de amor e amizade.
                “Amigos para sempre”. É o que nós sempre iremos ser!
                Hoje a acompanho a certa distancia. Já faz algum tempo que toma conta de você, de sua vida. Independe de mim. Segue construindo sua engenharia da vida... Do futuro... Perseguindo incansavelmente seus sonhos. A bela Florianópolis te acolheu... Vives feliz aí, desfruta da liberdade que conquistou.
Como foi emocionante conversar com você sobre os movimentos de protesto contra o que há de ruim e mal feito em nosso país. Como foi bom dizer para você que participei dos movimentos das “Diretas Já” e acompanhei de perto o movimento dos cara pintadas “fora Collor”.
                Dividimos os sonhos de um país melhor. E você, amada, imbuída dessa responsabilidade, juntou-se aos amigos e foi às ruas! Protestar, cobrar seriedade e coerência do governo, dos mandatários do país. Você em consonância com seus princípios de justiça social, foi às ruas exigir que os dirigentes do país não transformem os mandatos que detém ou os cargos que ocupam em beneficio de alguns apaniguados. Ao lado de seus jovens amigos mostrou a indignação com o estado de coisas.
                Acredite filha, ainda podemos mudar os rumos de nosso país. Não com aquela utopia de antigamente, comum da minha geração, mas de forma consciente e ordenada. O tempo da noticia truncada e falaciosa, acabou. Agora, as redes sociais, com as quais convivemos tão bem, não permitem mais mentiras ou a distorção dos fatos.
                Escrevo essa crônica com o coração cheio de saudade. Mas também cheio de amor e feliz por você.
                Seu primeiro trabalho chegou. Terás mais ainda responsabilidade com você e sua carreira. Siga em frente filha amada. Mostre o quanto é capaz.
                O nosso reencontro naquela pizzaria terá que esperar um pouco mais. Mas não será problema, nossos corações já se reencontraram.  E estaremos lá, não importa se em um ano ou menos. Nosso amor e nossa “amizade para sempre” independem de tempo, lugar ou hora marcada.
                E manteremos nossos laços, nosso pacto e amor e amizade. Continuaremos a ser, “amigos para sempre”.
                Seja muito feliz, Nininha. Que seus vinte anos te tragam para mais perto os sonhos que acalenta, que almeja e busca.
                Apesar da distancia e da saudade, meu coração está feliz. Feliz por ver você ir galgando passo a passo o caminho das conquistas, das vitórias.
                Parabéns, Nininha. Da lira de seus vinte anos, é o que tenho a dizer: seu amigo para sempre tem saudade, e muito  amor por você. Amo-te muito, filha querida! 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

E, SE FOR ASSIM...

E se minha voz já não te emociona...
Ou meus pobres e singelos poemas não te trazem mais
o brilho nos olhos e se não mais os ouve
com o coração...


Se as flores que te envio tornaram-se comuns...
Ou as canções que fiz – só para você -
 trazem apenas velhas melodias...

Ainda que minha presença
não te faça mais feliz e aquele bem
que sempre fez...

Ou que que teu coração não bata mais tão forte
quando me vês...


Rogo-te, imploro até:
limite-se a me olhar e sorrir,
pois teu sorriso encantador
me traz felicidade...

Não me aponte tantos defeitos e erros
Sei que os tenho e são por demasiado
presentes...

Não me faça tão triste por não
conseguir ir em frente com a altivez necessária...
Ou por quase sempre me arrastar lenta e
penosamente...

Talvez pelo peso dos anos e das decepções
sofridas... Vividas... Sentidas...
Ainda tão vivas no coração.

Afinal, ainda que distante,
Só me resta você...
Ou...
a lembrança de teu sorriso e dos momentos que
por tantas vezes
me fizeste feliz.

Por te amar! Tanto assim!


quinta-feira, 20 de junho de 2013

DA LUA... DO SORRISO... QUE ME DESTES...

Deste-me a lua... De todas as maneiras...
Crescente, cheia, minguante... Ou nova, quando escondes de mim...

Deste-me a lua... Plena, por inteiro...
Ainda que em fevereiro
Deste-me o encanto, a magia de teu sorriso...
De tua alegria, de teu jeito feliz e alegre de ser...

Deste-me teu sorriso... Que me traz à lembrança essa lua
Que é tão minha... e é tão tua...

Deste-me teu encanto, pelo  sorriso
Que me faz feliz, me faz sentir
Belo, bonito... Qual Narciso...

Deste-me a noite. Para que venha a lua
E traga a saudade de um sorriso perfeito
Do seu jeito...
Terno, lindo, cativante.
Encantador...  Pleno de felicidade
Pura felicidade... De um ser     

Do seu jeito!  De ser... Como é você!

sábado, 15 de junho de 2013

GOIÁS: ONDE E QUANDO TUDO É BOM.

         Goiás é tudo de bom!  Goiás tem empadão. Arroz com pequi e moda de viola. Tem catira, tem congada, cavalhadas, cateretê. Fogão à lenha, panela de ferro, canjica e galinhada.
         Goiás de Cora Coralina – a menina Aninha – de Poteiro, artista do barro e dos pinceis. De Siron, Carmo Bernardes, Bernardo Élis.  Luiz de Aquino, Getúlio Targino, Marieta Teles.  Zé Mendonça, Bariani. Augusta Faro, Maria Helena Chein. Comunicação de Jason Abrão, Moraes César... Traços de Jorge Braga.
         Goiás é Araguaia, Rio das Almas, Rio Claro. Claro Rio Caiapó. Paranaíba, Serra da Mesa. De um alvorecer e pôr-do-sol únicos. Coração do Brasil. Goiás de Veiga Valle, fogaréu. Rio Vermelho. Ouro fino, Bandeirante.
Pamonhada, rapadura. Doce de leite, canjicada. Pão de queijo, frango caipira. Alfenin, bem-casado. Folia de Reis, devoção.
Violão dolente. Noites goianas. Serenatas, serestas, saraus. Canção de Marcelo Barra.
Belksiss, Goiandira.
Goiás é demais. Goiás é poesia. Poesia de Nasr Chaul, Gabriel Nascente. Pio Vargas, Tagore Biram... Goiás é canção: Fernando Perillo, João Caetano, Maria Eugênia, Ely Camargo. Zezé de Camargo, Leonardo.
Antônio de Pádua. Pádua Compositor! Pádua, Cantador. Pádua que cantou: “Quando tudo é bom”!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

RUA QUATRO: DE RECORDAÇÕES E SAUDADES...

                Dia desses, depois de uma reunião de trabalho no centro de Goiânia, caminhei calma e tranquilamente pela Rua Quatro. Confesso a saudade que senti, afinal, quando da minha mocidade passava todos os dias por ali.
                A Rua quatro sempre foi dividida em dois locais distintos, a parte que fica no lado da Avenida Araguaia, dividida pela Avenida Goiás, e que abriga o mercado central, hoje camelódromo e o edifício Parthenon Center, que com suas garagens suspensas e arquitetura  de edifício futurista trouxe certo ar de modernidade ao local. E a parte conhecida como “rua dos turcos”, onde muitos comerciantes de origem libanesa tem seu comércio e invariavelmente, sentam-se em confortáveis cadeiras de fios, aproveitando as manhãs luminosas da bela Goiânia para conversar alegre e animadamente em seu idioma pátrio. Alguns transeuntes chegam a parar para ver a ênfase com que debatem.
O lado oeste, que fica próximo a Avenida Tocantins, é hoje bem mais calmo que outrora. O imponente Edifício Trianon, de fachada alta e que um dia abrigou em sua imensa loja térrea uma movimentada agencia da Caixa Econômica Federal hoje tem calçada tranquila, pouco movimentada, apesar da frente de vidros espelhados, onde todos que ali passam fazem questão de se ver, algo de narciso.
                As agencias de turismo que funcionavam como casas de cambio não estão mais ali, certamente foram para lugar mais seguro, tocadas pela violência crescente.  Também não mais está lá o Argu’s Restaurante, do amigo Carneiro, que durante tantos aos funcionou naquele local. As Lojas Americanas ainda estão lá, oferecendo estacionamento a preço justo e atendimento cortês.
Hoje a Rua Quatro, ao contrário da Avenida Anhanguera, que fica próxima, é tranquila e pouco movimentada. Pode fazer um roteiro barato e cultural. Começando pela fábrica de salgados, que oferece bom atendimento e salgados deliciosos e de qualidade a R$ 0,50 (cinquenta centavos) e mais um copo de suco geladinho, tudo por a R$ 1,00. Isso mesmo, um real apenas.
Depois do lanche barato e saboroso, visitar as lojas de livros usados.  Fazer uma viagem aos caminhos da literatura ao percorrer as prateleiras. Afinal, livros são tudo de bom que podemos ter e sendo a preços camaradas, melhor ainda. Se não quer gastar dinheiro, pode-se trocar, de acordo com as normas de cada loja, ou “sebos” como são chamadas popularmente. Discos de vinil, Cd’s e até as sumidas fitas cassete podem ser encontradas ali. Raridades e pedaços da história.
Ainda, adentrar uma pequena, mas acolhedora loja de instrumentos musicais, ser bem atendido e puxar de um violão novinho saudades em acordes musicais. Confesso que demorei mais que o necessário com aquele violão nos braços, recordando o tempo em que fazia serenatas e dizia poemas de amor, através de canções.
Depois de mergulhar na saudade, aliviar o calor forte, com um suco de abacaxi com hortelã na lanchonete de produtos naturais que fica na esquina da Avenida Tocantins, próximo às Lojas Americanas. E aproveitar para sentar no acolhedor banco de madeira e viajar aos recônditos da saudade. Através das lojas, cantos e quadrantes da Rua quatro. Rua Quatro, da minha saudade.


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Na ultima quarta-feira, dia doze, foi o dia dos namorados. E também data do natalício deste cronista. Agradeço a todos os que de uma maneira ou de outra se manifestaram, seja através de telefonemas, SMS, pessoalmente ou pelas redes sociais. Amigos que me desejaram o bem e a paz. Mesmo quem não ligou ou não enviou mensagem, mas lembrou e rogou o bem a mim através de uma oração ou pensamento positivo, meu muito obrigado. Que o Pai do Céu permita a todos encontrar o caminho da harmonia e da felicidade. A paz e o bema todos!