No meio da semana,
por um motivo qualquer, recebo a visita de minha filha que, ao lado do marido
me deu a alegria de sua presença. Presença sempre benfazeja ao coração, que nos
faz sentir juntos e unidos novamente.
Enquanto era assada
uma deliciosa lasanha, nos pusemos a conversar, ao lado da pequena mesa no
cantinho da sala. Mesa pequena, improvisada como mesa de jantar, que de tão
arrumadinha parecia esperar lauto banquete.
A pequena e
simples mesa no canto nos acolheu e propiciou momentos de interação e alegre
convivência. Simplesmente deixamos de lado novelas, computador, MSN, twitter, ou
qualquer outro meio alienante de comunicação. Nos pusemos a falar da vida, de
nossos sonhos, aspirações.
Falamos e
recordamos de momentos passados, alguns de muita alegria, outros de tristeza e
preocupação como toda família tem. Mas nos permitimos conversar, ou palestrar,
como afirmava meu saudoso pai.
As recordações dos
bons momentos prevaleceram. Traquinagens e brincadeiras da infância,
o cachorro Piteco, os rabiscos na parede branca do quarto e da sala, tudo no
sentido de aprender a escrever logo, tudo isso esteve revolvido nessa viagem ao
baú da saudade. Rimos com a narrativa dos primeiros passos dados, incertos, trôpegos e
hesitantes. Para logo virarem correria, qual pequeno robô, onde sempre acabava
em um pequeno tombo. O nascimento da segunda filha, a expectativa da irmãzinha
sob o ponto de vista da então filha única, a mudança para a casa nova. E quando
as meninas aprenderam a andar de bicicleta?
De repente, toca o
celular: minha filha mais nova, que mora na distante Florianópolis, para onde
foi em busca de seus sonhos - o principal deles o de ser engenheira. Festa
completa. Se não podia estar presente, ao menos pudemos ouvir sua voz, saber de
sua vida, como andam as coisas por lá. O que engrandeceu e valorizou aquele
momento.
Conversamos,
rimos, nos emocionamos. O tempo passou muito rapidamente. Quase uma da manhã e
o sono começa a chegar. Não para mim, pois certamente ficaria ali naquele
encantamento até o amanhecer.
Ao ir embora,
minha filha deixa a certeza que breve novos momentos como esse acontecerão. São
esses momentos da vida que trazem a certeza que sempre nos encontraremos e
renovaremos nossos laços de amor e carinho.
Portanto, esperar
com ansiedade e certa saudade um outro próximo encontro.
Caro amigo Paulo Rolim,
ResponderExcluirTambém já estou nessa fase das saudades, embora meus meninos sejam um pouco mais novos que suas meninas. Adolescentes, já não ficam mais tão juntinhos, são mais independentes. É a vida, tem de ser assim. Imagino como foi bom e doído ao mesmo tempo para você escrever essa história.
Um abraço!
Deus abençoe sempre sua família!