domingo, 29 de setembro de 2013

IGUAIS



 Procuro-te em cada amanhecer...
Busco teu sorriso encantado
Nos sons da brisa
Que acaricia meu rosto
E traz saudade de ti...

Procuro-te...
Percebo tua boca
Em cálices de tinto vinho Bordeaux
Que evocam tua lembrança,
Pura sedução...

Procuro-te...
Sei que és tão igual...
Gêmea alma...
No mesmo gostar
No mesmo sonhar...
Quereres... Encantos...

Procuro-te...
Mas,
Onde, onde estiveste?
Que não no meu coração?

Procuro-te...
Alma gêmea...



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

NOSTALGIA



Saudade...
De sonhos,
Ternuras, carinhos...
Momentos vividos,
Divididos,
De pura adolescência...

Mesmo nessa etapa da vida...
Vida que
Inexoravelmente
Cumpre suas etapas...

Lembranças... Nostalgia
As vivo... Revivo sempre...
Bons momentos... Únicos...
Inesquecíveis ao coração...



Caminhos que busco,
Caminhos, que por vezes
Encontro...
Em reencontros...

Saudade de flores...
Canções...
Encantos...
Olhares...
Sorrisos...
Que parecem ter ficado
No tempo...

Mas estão inseridos
Nos recantos
Recônditos
Do coração...



#De_um_poeta_qualquer...




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ULTIMO ATO

                                                             
                                                                


                                                                   “...Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores 
                                                           Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores 
                                                   Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores...

                                         (Vander Lee - Meu Jardim)


Não posso mensurar
A falta que sentirás.
Sequer se haverá
Alguma falta...
Afinal, nada mais...
Baixam-se as cortinas... 
Ao fim do ultimo ato.

Portas abriram-se...
E ao atravessá-las,
Percebi que foram cerradas...
Como a dizer:
"não olhe para trás..."

Embora, impossível nada sentir...
Afinal, faltará você...
Em mim

Haverá a falta de juntos
Contemplarmos a magnitude e beleza do
Pôr-do-sol...
Ou viver um amanhecer
Sob o canto de bem-te-vis
E cheiro de flores no quintal...
Sentirei falta de
Te mandar tenras e singelas flores...
Sem data ou motivo especial...
E a beleza, a calmaria de um
Fim de tarde
Que sempre  trouxe paz, quietude...
Em belos momentos a dois...

Ao som de canções e 
E recitar de poemas...

Não...
Não te farei falta...
Faz tempo que não percebes a falta de mim...
Mesmo quando me querias por inteiro...

Quanto à tua falta em mim...
O coração
Terá que aprender a
Conviver...
Mesmo sem viver...

Pois, estás em mim...
Para sempre!


-*-

#De_um_poeta_qualquer


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CICLO








Tempo seco... Ventania...
Folhas ao chão.
Prenuncio de primavera.

O campo
À espera de ser preparado,
Ansioso pelo cultivo.
Arado...  Calcário... Adubo...
Enfim, semente!

Chuva... Terra molhada..
Fertilidade... Germinação...
Vida. Colheita... Fartura!

Sequencias da vida.

Aridez... Ventos fortes... Folhas secas...
Preparar o terreno do coração...
Flores de leveza ímpar
Que tocam ...

Esperanças chegam
Para se transformar nas
Flores, que logo
Serão os frutos
Que trarão novas sementes...
  







Plantar... 
Plantar canções... 
Semear ternura, 
Colher amor...

Após a colheita, coração cheio. 
Pleno. 
De amor.

E, ciclicamente
Recomeçar.
Manter o campo do coração
Fértil, preparado
Para nova semente...

Reinícios...
Ciclo venturoso
Da vida, do amor.
Eterno semear...





sábado, 7 de setembro de 2013

JÓIAS...













Joias... Nem tão raras...
Singelas, diria...
Eivadas de simplicidade...
Sem paralelo com o sorriso que
Me destes...

Joias um dia se vão...
Por vezes, com destino de ida...
Sem certeza de volta....
Não deixaram de ser joias...
Não perderam o brilho
Nunca perderão.

Joias que talvez nunca
Serão vistas, expostas...
Mas continuam joias,
Serão sempre joias no coração,

Sabes o barranco,
O garimpo profundo
Onde as encontrei...

Joias... Sempre joias...
Preciosas joias,
Reflexo de
Raros, significativos...
Preciosos momentos.

Preciosidade...
Como teu sorriso!



#De_um_poeta_qualquer


A POESIA: INFINDA, EM TEU SORRIR





Diante da brancura da página à minha frente,
Constato...
Não... Nada mais poético
conseguirei compor.

Não haverá inspiração que
Consiga igualar
Certas belezas,
Certos dizeres!
Belos dizeres...
Advindos do coração!

Afinal todos os poemas, todas as
Declarações de amor
Já foram feitas... 
Em páginas coloridas e belas...

Limito-me a recordar
E a todo momento me encantar
Com teu sorriso...
Poético sorriso.

Que me faz ver e entender
Que a poesia
Continuará...
Para sempre!
Em teu
Lindo e encantador sorriso!

#De_um_poeta_qualquer

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

AMOR... INCONDICIONAL


                O modo carinhoso de um casal de pequenas araras que vieram visitar meu quintal, em busca de goiabas temporãs me trouxe momentos de enlevo e extrema ternura.
                Quase fim de tarde, e o sol no horizonte dando mostras que em breve iniciaria sua rápida descida rumo ao poente, despedindo-se do dia e deixando que a noite viesse com quietude e paz.
                O meu dia foi difícil. Correrias, muito trabalho, preocupações. Mas, nada fora da rotina, nada que trouxesse aflições.
                Ao chegar em casa, me permiti ficar sob a sombra da jabuticabeira, sentado na confortável e amiga cadeira de fios, em precioso e calmo momento, de quase solidão...
                Enlevado pelo carinho e cuidado dos pássaros que se movimentavam no alto, deixei o tempo passar, despreocupado e encantado com o que via.
                Chegada a hora da caminhada diária ainda permaneço com imagens das aves no meu quintal no pensamento. Fico a observar as pessoas que todos os dias em respeitoso e às vezes em indiferente silêncio passam por mim. Indo, vindo, passamos pelos outros sem um cumprimento, um meneio de cabeça. Às vezes sequer dirigimos o olhar.
                Mas o parque tem seus personagens. São cativos daquele horário, estão diariamente a aproveitar aquele maravilhoso espaço, verdadeiro pedaço de natureza dentro da cidade grande. Embora cercado por arranha-céus, ainda temos ali mata fechada, um pequeno córrego que deságua em um lago, muito verde e a segurança, feita pelos gentis e educados guardas municipais que ali trabalham.
                Dirijo meu olhar a um casal que ocupa sempre o mesmo banco, próximo às margens do lago. Não é um casal comum, como tantos que ali vão para namorar e colocar o papo em dia. Os cabelos brancos de ambos mostram que já viveram muitos momentos na vida. E um detalhe: o extremo cuidado que ele devota a ela. Isso os diferencia.
                Sentados lado a lado, eles sempre tem as mãos unidas, entrelaçadas. E o usual gesto de ternura, ao acariciar a face dela, cujas marcas do tempo são aparentes. O cuidado sugere que está sempre a zelar de preciosa joia. São inúmeros os gestos de carinho e ternura que destinam um ao outro, como um constante afagar nos cabelos brancos. Confesso que tenho imensa vontade de ficar pertinho deles, apenas para ouvir seus diálogos, que certamente são entremeados por declarações de amor e lealdade.
                Voltando a atenção à pista de caminhada, ao longe vislumbro outro casal, aparentemente pai e filha. Vão no mesmo ritmo, no mesmo caminhar, seguem com passos lentos e trôpegos.
                À minha passagem os cumprimento e recebo de volta um sorriso amistoso e um boa tarde de satisfação. Continuam em seu caminhar, com intensos e interessantes os diálogos, embora baixinho e discretamente, como que para não incomodar a quem cruza por eles. Muita demonstração de alegria de ambas as partes. Não caminham por toda a pista, apenas onde ela é plana, para que o esforço da subida não os sobrecarregue.
                Carregam limitações que a vida impôs. O caminhar lento, pelo lado dele, é fruto do peso dos anos, explicitado em brancas cãs e em traços do rosto. O corpo esquálido mostra leve curvatura. As cargas, o peso da toda a vida.
                Ela, sempre muito elegante, com perfume que transcende, traz as limitações em seu caminhar lento por necessidades especiais. Mas passam a imagem que se completam ao se amparar. Que um não vive sem o outro. E parecem fazer daquela caminhada um momento social muito importante em suas vidas.
                Me emociono sempre ao perceber esses momentos, desde as ternas araras no quintal em busca de alimento, o casal de brancas cãs que namoram no banco de madeira com extrema ternura, ou pai e a filha que se amparam e não fazem de suas limitações motivo de desistir e viver a vida solitária e mente.

                Vejo nesses momentos a felicidade muito presente. Em gestos, cuidados e elevadas demonstrações de cuidado, carinho e amor. Muito amor! Assim, deve ser nossa vida.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

MIRÍADES DE ESTRELAS














Teu olhar...
Janela do coração... 
Exterior...
Retrato fiel de ti,
Cheio de mistérios...
Reflete, no brilho intenso
Tua alma...
Dá pistas do teu coração...

Teu olhar...
Encantador...
Escudo aparente, tua defesa...
Diante das intempéries que teimam em
Querer chegar ao coração
Capaz de atenuar dores
Que insistem em permanecer
Incrustadas dentro de ti...

Teu olhar... Encantador...
Encanto e brilho
Miríades de estrelas a enfeitar tua face
Emoldurada por sorriso plácido...

Teu olhar. Lindo olhar. De encantos...
Inspirador...
Em poemas... Canções...  Mil canções...
Em teu olhar...