Depois de dias e dias chuvosos, a mãe
natureza nos brinda com um entardecer de sol brilhante e céu azul. Ainda que
durante o dia tenham caído pingos de chuva, a tarde veio de sol, com canto de
pássaros e suave brisa que carinhosamente me acaricia a face.
Embevecido com o belo momento da natureza,
me vejo a refletir sobre a vida, os sonhos que acalento – ou já acalentei – e
concluo que todos os dias novos sonhos chegam - ou se vão.
Nuances e circunstancias me obrigam
a adotar posicionamentos e tomar decisões. Ou, por vezes, absorver aquilo que se
apresenta e administrar da melhor maneira possível. É o real e rotineiro ato de
viver. A contrapartida vem com esses momentos de beleza intensa, de uma tarde
única, com canto de pássaros.
Em meu imenso quintal me deparo com um pequeno
e frágil ninho, onde há dois filhotes. O casal de pássaros se reveza no cuidado
e no aconchego aos pequeninos. Ao me aproximar, percebo que eles não gostaram
em nada da minha presença. Emitindo sons nervosos, ficam ali, como a me
intimidar e dizer: afaste-se. É um ato de amor, dos pequeninos seres, na defesa
de sua prole, que é a sequencia e o ciclo da vida. Dessa forma, cuidam para que
nada falte ou nenhum mal aconteça com seus filhotes.
Embevecido com esses momentos de ternura, me dirijo à faculdade. Local encantador, onde a cultura e a arte são aparentes.
Ainda na rua, vejo alunos ensaiando com
seus instrumentos se sopro na porta do teatro. Não sei o motivo pelo qual
ensaiam ali, mas soa para mim como boas vindas, prepara minha alma para o que
vou encontrar em instantes.
Ao entrar na escola, vejo alunos em
efervescente ir e vir. Movimentos de danças, sons de piano, saxofone, violão e os
ensaios de uma orquestra. Mágico lugar.
Imerso em pensamentos e emoções, me vejo
cercado e ladeado por pessoas queridas, pessoas amadas, que tanto gosto. Que dividem parte de seu tempo comigo. Estamos juntos todas as noites
em busca do conhecimento, de aprender o sentido da filosofia e da arte. E da
vida.
Dividimos cotidianamente alegrias e vez
em quando, tristezas. E o carinho que recebo, tenho certeza que é fruto
daquilo que planto, da alegria e da boa convivência que vivemos.
Palavras amigas, de conforto são como
bálsamo. Trazem paz, calmaria e quietude ao coração.
Em cada abraço recebido, em cada afago,
senti muito a presença de amor, ternura dedicação. E por tanto amor, me senti
querido e bem melhor depois de tudo isso.
O abraço coletivo foi o ápice. Coroou o
momento. E, com o coração leve e agradecido, espero retribuir. Afinal, por
tanto amor, seguiremos juntos. Sempre! Vivendo com as emoções que a vida nos
traz.
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