sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

FELIZ AO NOVO! COM ESPERANÇA E AMOR




Na manhã desta sexta-feira, 30 de dezembro, notei um caminhão de mudanças que descarregava móveis em uma casa situada a uma rua acima do local onde moro. O Interessante, é que essa casa havia ficado mais de um ano com placa de venda e finalmente, encontrara comprador.
Ao me aproximar um jovem veio em minha direção e quando parei o carro, perguntou se morava nas proximidades. Afirmei que sim, e ao saber que ele seria o novo morador da casa, dei-lhe as boas vindas. Ele me pediu informações práticas, onde havia padaria, qual o supermercado que praticava melhores preços, se tinha agência lotérica por perto, coisas assim.
Então, ele me disse que, depois de quatro longos meses, finalmente a instituição bancária oficial, onde financiara parte do valor necessário à compra da casa, liberara as chaves e ele logo tratou de mudar para o novo lar. Dei-lhe as informações que precisava, e me coloquei à sua disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, como regem as práticas da boa vizinhança.
Nesse momento, se aproximaram duas crianças: um menino, menor e aparentemente mais tímido e uma menina, mais saída e esperta, os dois, com um ar de felicidade expresso no rosto. E a menina, toda alegre, veio dizer: “esta é a nossa casa. E eu agora vou ter meu quarto sozinha”. E saíram correndo em direção à casa. E João, o novo vizinho, ostentando também um ar de felicidade, me disse que, teria a felicidade de passar a noite de ano novo em sua morada.
Os moveis – simples, em sua maioria – foram todos descidos do caminhão e eu também tratei de ir embora, para que o vizinho cuidasse de organizar sua mudança.
Após esse fato, vieram a mim muitos pensamentos. Primeiramente, o ar de felicidade no semblante daquelas crianças. Iriam finalmente, depois de tanta luta, passar sua primeira noite em uma casa que, agora, pertencia a eles. Um sonho, um objetivo realizado.
Ao recordar aquelas correndo e festejando, me veio a imagem de outras crianças, desta vez, infelizes e tristes, sendo dizimadas pela maior das maldades que se comete contra o ser humano: a guerra. Do menino sírio Emran, resgatado vivo e com medo, debaixo de escombros causados por bombas; ou da pequena criança que não conseguiu completar vivo a travessia e, morto, parecia dormitar em um berço  quando seu inocente e indefeso corpo foi encontrado em uma praia.
O natal já passou, e agora, aproxima-se o novo ano. No natal, apesar do ano difícil, as pessoas se confraternizaram, se encontraram em momentos felizes, muitos de reconciliação e agora, festejam a chegada de um novo ano.
Resta-nos rogar ao criador que seja um ano de concretização de esperanças. Já sofremos muitos e precisamos de um pouco de sossego ante tanta incerteza e tristezas.
Mas, o que mais precisamos é de paz, de harmonia, de alegria. E muito amor no mundo. Que o amor prevaleça sobre todas as coisas nesse novo ano que chega.

E que assim todos tenham um Feliz, um feliz ano novo!




Que essa cena não mais se repita!


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