Para Dalva de Oliveira - eterna dona da noite e rainha do rádio!
Decorridos quase cem
anos da primeira transmissão radiofônica no Brasil, o rádio continua sendo um
grande e insubstituível companheiro.
Desde o grande rádio
valvulado de mesa imponente e elegante, cujas marcas mais conhecidas eram Semp,
Philips, ABC – A voz de ouro, Philco, Imperador e outros, que era o personagem
central de muitas salas de visitas ao atual sistema, onde o som e a programação
de uma emissora chega através do rádio no carro, no aplicativo no smartphone,
ou mesmo através do portal de notícias, o rádio é o grande personagem da vida
das pessoas.
Foi através do rádio,
transmitido principalmente nas faixas de ondas curtas e tropicais, que o mundo
encurtou distancias. Para quem morava nos rincões do Brasil ficar sabendo de
notícias de familiares distantes ou mesmo do que ocorria nos poderes da
república, o rádio era o grande e quase sempre único meio de informação.
Integrou o país de
norte a sul, levando as diversas culturas do nosso continental país. Assim o
Brasil soube de artistas como o gaúcho Teixeirinha, conheceu as vozes
maravilhosas de Orlando Silva, Carlos Galhardo, sua majestade Nelson Gonçalves,
Núbia Lafayette, Maysa, Emilinha Borba, Cauby Peixoto e Ângela Maria, Dalva de
Oliveira e Herivelto Martins, dentre tantos nomes.
Muita gente haverá de
lembrar do Palhaço Carequinha, que fazia sucesso na poderosa e de grande
alcance Rádio Globo do Rio de Janeiro. E das grandes emissoras de São Paulo,
como a Rádio Record e Rádio Capital onde a música sertaneja de raiz teve vez,
espaço e voz, principalmente através dos irmãos Oswaldo, José e Arlindo Bétio.
Em Goiás, tivemos como
pioneira a Rádio Clube de Goiânia, hoje Rádio Sagres 730, seguida da Rádio Brasil
Central, Rádio Anhanguera (hoje Rádio Daqui), Difusora Goiânia, Jornal de Goiás
(hoje Band), Riviera que eram e ainda são AM, mas à época muitas transmitiam
nas hoje esquecidas e para muitos desconhecidas ondas curtas e tropicais, que
chegavam a todos os rincões do mundo – e a Rádio Universitária, que em 2018
completará 55 anos. A frequência de FM somente chegaria e se popularizaria no final dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Um dos grandes momentos
do rádio, além de levar informação e cultura, era quando aproximava pessoas. Servia
de fundo musical a momentos românticos ou mesmo permitia que pessoas distantes
se conhecessem, através dos programas específicos que recebiam e divulgavam as
famosas cartas dos ouvintes.
Em Goiás temos a nossa
Rainha do rádio, a dona da noite, que com sua voz suave e doce propagava o amor
através do romantismo sempre presente em seus programas.
Com nome igual ao de
cantora famosa, Dalva de Oliveira é até hoje o grande ícone do rádio goiano e
um dos maiores do Brasil. Começou por aqui ainda menina nos antigos sistemas de
autofalantes da querida Campininha das flores e logo estava nas maiores e
melhores emissoras do estado.
Dalva de Oliveira, a
nossa querida e amada dona da noite, rainha do rádio, continua inesquecível.
Marcou época onde o amor e o romantismo prevaleciam no rádio.
E Dalva de Oliveira
merece todas as homenagens e todo o nosso carinho. Salvas e vivas à nossa
sempre “Dona da noite”!
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