sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

CARNAVAL, REALIDADE E FUTURO DO PAÍS


Imagem retirada da internet

É chegada a hora do povo brasileiro pensar o futuro.


O cancioneiro popular traz inúmeras vezes como tema o mês de fevereiro. São citações como a alegre “em fevereiro, tem carnaval” ou a romântica “quanto fevereiro chegar, saudade já não mata a gente. Já em relação ao mês de janeiro, não tenho lembrança de vê-lo citado em poemas ou canções. Talvez por ser um mês onde a letargia provocada por inúmeras festas de dezembro, onde se festeja o fim de um e o início de outro ano, coloque todo mundo diante da realidade da vida, que muitos só percebem após as festas.
É costume dizer que o ano só começa de fato após o carnaval, que normalmente acontece em fevereiro. É quando a realidade, após os dias de descanso ou festejos de Momo, se torna mais presente, normalmente com a chegada de uma bela fatura de cartão de crédito.
Fevereiro traz alguns simbolismos. É quando as notáveis e impolutas excelências voltam ao trabalho nas nossas honradas casas legislativas. Depois de merecidas e para muitos, curtas férias, após um “extenuante” semestre onde a lida com leis, projetos de leis e para muitos, a vassalagem diante de seus patrões dos poderes executivos a quem normalmente servem, voltam revigorados e com a aparência jovial, felizes e alegres, para mais um espetáculo no grande teatro que são os parlamentos brasileiros.
Ao voltarem “ao trabalho”, certamente hão de verificar se este ou aquele colega não está preso, ou fugindo de algum oficial de justiça – justiça que para a maioria das excelências tem sido injusta – ao contrário do que pensa o povo brasileiro.
Este mês de fevereiro em especial nos leva a muitas reflexões. Primeiro, por ser este um ano em que obrigatoriamente teremos que eleger nossos representantes para os poderes executivo e legislativo.
Daremos a poucas centenas de homens um poder sem igual. Será interessante que cada brasileiro pare e pense o tamanho da responsabilidade que delegará a poucos. E se eles após eleitos, terão compromisso de exercer seus mandatos com honra e honestidade. Como irão definir os rumos de nossas vidas, os caminhos pelos quais o país trilhará e ainda se teremos uma vida melhor ou como normalmente ocorre, de arrocho e sufoco. Afinal, “a economia precisa melhorar”, ou “os mercados exigem atitudes impopulares”. Normalmente, governantes atendem com celeridade esses requisitos para os mercados, mas para o pobre trabalhador, aquele cidadão que morre em filas à espera de atendimento médico, não veem nenhuma importância.
O que mais me preocupa nesse momento, é que os pretensos candidatos a serem os gestores de nossos destinos, são os mesmos de sempre. Em sua maioria, processados, muitos condenados e sob investigação, em busca de uma excrescência chamada foro privilegiado. São contumazes usurários e ladrões do erário. Para poucos se ergueu a clava forte da justiça, barrada muitas vezes por inúmeros recursos e chicanas jurídicas. É um avanço, mas precisamos que tais agentes da corrupção endêmica tenham medo da lei e deixem de roubar nosso país.
Que fevereiro, assim como os meses subsequentes venham e tragam a cada coração a luz necessária para que no dia em que ajudarem a decidir nossos destinos, estejam certos que estão fazendo o que será melhor para todos.
Assim, em fevereiro do ano que vem não estaremos conversando do sobre tantas mazelas, mas sobre poesia, romantismo e canções.
Afinal, nosso coração precisa de acalento, cuidado e poesia. Que vêm sempre com dias melhores.


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