Nana, Daniel!
Lindo Daniel
Irmão do Gabriel..."
O pequeno Gabriel estava
inquieto, andando para lá e para cá ao meu lado, na rampa que dá acesso à maternidade
onde em breve chegaria o pequeno Daniel, seu irmão. Sempre tocando no assunto que
queria ver logo o irmãozinho, e com seu costumeiro e encantador sorriso,
fitava-me com seus lindos olhos negros, como a perguntar por qual motivo ele
ainda não chegara.
Pouco tempo antes, ele
me emocionava, ao dizer que amaria muito o irmão e que cuidaria dele, que seria
amigo e que dividiriam os brinquedos. E vez em quando me convocava a entoar a
canção que juntos, compomos para o pequeno Daniel: “Dorme, Daniel, nana
Daniel...”
Foi impossível olhar
para aquelas paredes, aquele piso, as flores, que pareciam as mesmas de quando há
exatos três anos Gabriel chegou, em noite quente de verão, trazendo encanto e
alegria. Também viajei ao tempo do nascimento das minhas filhas, uma em uma
tarde/noite de agosto, e outra em manhã de junho.
Agora, as emoções eram
divididas entre o pequeno Gabriel, seus pais, avós e uma legião de amigos
queridos que queriam saber se estava tudo bem.
Com o passar do tempo,
colocamo-nos perto do local onde veríamos pela primeira vez o pequeno rebento. E
enquanto conversávamos, fomos surpreendidos por uma porta que se abria, onde reconheci
a voz do pai do Daniel com um bebê cuidadosa e carinhosamente nos s braços.
Fo um momento de muita
emoção e alegria. Impossível conter algumas lagrimas que desceram silenciosamente
por meu rosto, além do nó na garganta, sinônimos de alegria incontida.
O momento durou apenas
alguns segundos, e em seguida, Daniel foi colocado em uma espécie de berço
aquecido, onde aguardou os procedimentos normais das enfermeiras, – por sinal,
gentis e extremamente educadas – como medir tamanho, aferir o peso e o famoso
primeiro banho.
E em uma manhã
ensolarada de verão, já quase outono, Daniel chegou com lindos olhinhos e cabelos
negros, mexendo as mãozinhas, e os pequenos e frágeis pés. Chegou calmo e
tranquilo, como que buscando entender que mundo era aquele que se apresentava a
ele. Pouco chorou no banho, e em seguida estava bem agasalhado, com a roupinha
linda que os pais carinhosamente adquiriram especialmente para aquele momento.
Enquanto fotografávamos
e filmávamos os primeiros momentos de sua vida, o médico obstetra Dr. João
Batista de Alencastro se aproximou e informou que tudo correra bem, que o bebê
era muito saudável e que a mãe estava ótima. E como chegou, também se despediu,
deixando-nos viver a emoção única e incomensurável da chegada de um bebê.
O pequeno Gabriel pareceu
não entender muito aquela movimentação e atenção, ficando tímido por alguns instantes,
mas estimulado pelo pai logo voltou a sorrir, se encantando com o irmãozinho. Não
deixou de notar e comentar o fato que ele tinha muitos cabelos, cabelos negros,
segundo ele, “iguais aos do Cebolinha.”
Em seguida, mais emoção:
contato do pequeno Daniel com a mãe no apartamento, início do hábito de mamar e
as primeiras rotinas da vida começando de fato ali para ele. Para mim, mais um
momento de rara felicidade e alegria.
Que seja muito bem vindo
o pequeno Daniel. Seus pais, seus irmãos e avós seremos sempre seus amigos. Como
o pequeno Gabriel e eu temos um combinado, de sermos amigos para sempre, também
fica estendido a você. Nós, amigos para sempre! Em alegre convivência de amor,
harmonia e muita felicidade. Como afirma o pequeno Gabriel, “nós juntos.”
Que seja muito
abençoado e cresça em graça e sabedoria. Sob a proteção de Deus, Nosso Senhor.
E com uma certeza: como
seu irmão Gabriel, você será muito amado.