Na noite desta quarta
feira, fui a um festival de rock, o “Studio Bouga Festival” nome pouco
apropriado para um festival de rock, mas que atende bem ao marketing de um dos
shoppings da capital.
Atendi ao convite de
amigos do twitter, ante a expectativa de ver in loco bons sons e matar as saudades dos
tempos em que empunhava uma guitarra e tirava ali minhas escalas.
Viajei aos anos 1980, quando buscava as
apresentações de rock, não obstante ser “de menor”, mas sempre dava um jeitinho
de ficar discreto e comportado, para poder acompanhar tudo que rolava por aqui.
Assim, pude ver
apresentações de Markan Camaralina, Língua Solta, Léo Jaime e, até uma certa
Legião Urbana, no ginásio de esportes da Católica, hoje Pontifícia Universidade
Católica de Goiás. Lembro que o show da então desconhecida Legião Urbana lotou,
superou a expectativa dos organizadores. Foi o primeiro a atrair grande público
nas apresentações da banda, e o que se seguiu a partir daí, todo mundo conhece.
Lembro Markan Camaralalina
com seu rock pesado e denso, com performance e apresentações interessantes,
fazendo a abertura de um show no antigo Estádio Olímpico - que à essa época não
era somente um buraco. Esse show teve outras bandas se apresentando. Terminaria
com Beto Guedes desfilando suas belas canções – era a época de ouro da MPB e Beto
Guedes era um dos grandes ídolos. O mais legal era quando Camaralina jogava
seus discos, na época de vinil – compactos ou elepês – para a plateia, em
momento de interação.
O Ginásio Rio Vermelho,
que fica em frente ao saudoso Estádio Olímpico, era o grande palco dos shows.
Foi ali que vi Nina Hagen (alguém se lembra?), dona de um estilo parecido com o
que foi adotado por Madonna tempos depois. No Rio Vermelho pela primeira vez vi
ao vivo e a cores uns rapazes que levaram uma grande multidão, para alegria do
amigo Reinaldo Netto Atássio da Promix. Era o RPM, que encantou uma geração. O
RPM embora tenha sido de curta duração, deixou canções que são tocadas e
curtidas até os dias de hoje.
Acordei de minhas
reflexões, e voltei ao “Studio Bouga Festival” quando o apresentador anunciou
os jurados. O show ia começar.
Interessante, que a plateia se mantinha quieta, estática até, embora a
proposta fosse de um show de rock. Talvez pelo local, um shopping, as pessoas não
se soltaram como era de se esperar.
As apresentações
se sucediam, até que entra em cena a Banda Ploriphonic. Apesar dos desencontros
do equipamento de som que o festival disponibilizou, conseguiram fazer uma
ótima apresentação e, finalmente plateia
e se levantou.
A Ploriphonic
lembra os bons tempos do “Coldplay”, com um rock bom de ouvir, baixo e bateria empolgantes. E o que chamou mesmo a atenção foi a perfeita simbiose entre o
vocalista, que mandava bem um violão e o guitarrista, que fizeram o show. Com bela
voz, comparada à dos melhores do rock mundial, aliado à melodia e letra
perfeitas, a Ploriphonic tem tudo para ser sucesso em breve no mundo inteiro. A
canção que apresentaram é um rock romântico e bom de ouvir.
Finalmente, a
plateia se levantou e empolgada aplaudiu a Ploriphonic efusivamente. Foi bacana
ver o sorriso desses rapazes ao fim da apresentação.
Outras bandas e cantores
se sucederam. Não sei os resultados nem a classificação do “Studio Bouga
Festival”, que talvez careça de melhor divulgação. Mas saí dali com a certeza
que em breve, o Brasil conhecerá uma banda de muita qualidade. Sugiro que
guardem esse nome: Ploriphonic. E não me perguntem significado de Ploriphonic,
que não sei. Mas o rock agradece, pelas excelentes canções, pelo grande talento. Sucesso, Ploriphonic!