sexta-feira, 24 de março de 2017

DAS VIAGENS DE CRIANÇA, ATRAVÉS DOS LIVROS




Dia desses, soube de um menino que, enquanto aguarda sua mamãe sair do trabalho em uma escola estadual de Goiânia, fica sob os cuidados da pessoa que cuida da biblioteca. É por pouco tempo, porém, o suficiente para ele viajar pelos caminhos belos e coloridos de um mundo de livros que estão à sua frente, em estantes organizadas e enfileiradas.
Aos seis anos de idade, ele estuda em uma pequena escola que fica perto do trabalho de sua mãe. E o interessante é que ele já está aprendendo a ler, conseguindo identificar símbolos até pouco tempo estranhos, e assim formar as palavras. Entende o significado de palavras simples, como é normal em sua idade.
E viaja pelos livros, principalmente os de desenho e história infantil. Mas seus preferidos são os atlas geográficos, que mostram mapas do mundo, onde  aos poucos vai entendendo como é e como funciona a geografia de nosso planeta. Em seu pensamento de criança, certamente vem a curiosidade de saber como são as crianças de países de nomes estranhos, como elas brincam, como vivem e quais suas diversões prediletas.
Um dia desses, ele encontrou um manual que ensinava a construir instrumentos musicais a partir de sucatas e materiais recicláveis. E se encantou, se imaginou fazendo muitos  instrumentos, onde poderia chamar seus vizinhos, seus colegas de escola e juntos, formarem uma grande orquestra como as que ele vê nos programas de televisão.
Só acha sem graça os livros sem figuras, sem fotografias, apenas com palavras. Pensa que ler aquilo tudo, deve ser muito sem graça. E sempre pergunta à Professora que cuida da biblioteca se chegaram livros novos.
Quando a resposta é não, ele pega seu celular e vai brincar, como todo menino de sua geração, com jogos que o aparelhinho oferece. Mas, logo se entedia e volta a procurar pelos seus amigos livros.
Ao saber da história do pequeno menino, curioso e ansioso por saber das coisas do mundo, da vida, eu vou à minha infância. Quando tinha sua idade eu frequentava uma biblioteca e me encantava com tudo aquilo que os livros me traziam.
Como já sabia ler, eu devorava com avidez as aventuras de Júlio Verne, os gibis Disney e aos poucos, ia entendendo o mundo da literatura de José Mauro de Vasconcelos, Alencar, Jorge Amado e outros que me fizeram interessar cada vez mais pelo mundo encantado dos livros.
Fico feliz e admirado ao ver o menino, que em um mundo dominado pela tecnologia, gosta, se diverte e viaja em sua imaginação através de livros e atlas geográficos. E consegue tornar natural e harmoniosa a convivência dos livros com os jogos de seu celular.
Um dia afirmaram que um país se faz com pessoas honradas, homens e mulheres, e livros. E como estamos precisando de pessoas corretas, do bem.
Fico feliz ao saber do pequeno menino que se encontra diariamente com o mundo mágico e encantado dos livros. Me traz uma certeza: que a vida pode mesmo ser muito melhor!




  

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