sábado, 29 de dezembro de 2018

CASA DE MÃE, CASA DE AMOR!






Em uma tarde qualquer, quente como são quentes as tardes de verão, precisei buscar um documento com um amigo e após sair do trabalho, fiz contato via telefone – ainda usamos telefones – quando soube que ele estava na casa de sua mãe, em um local não muito distante de onde eu estava. Me prontifiquei a ir até lá, até para que não o ocupasse muito. Ele enviou a localização e após algum tempo eu estava na portaria do prédio, aguardando por ele.
Ao chegar e me entregar o documento, verificou que faltava preencher uma página, que teria que ir buscar as informações em seu carro. Mas, antes, me convidou para subir até o apartamento e que enquanto ele terminaria de preencher, eu degustaria um café que ainda estava sendo feito.
Sou daqueles que entende que uma oferta de café não se recusa em hipótese alguma. E ainda mais café de mãe, que além dos ingredientes normais, sempre tem aquele quê de amor e de carinho.
Ao chegar ao apartamento, me deparei com uma senhora alegre, de uma simpatia única e sorriso encantador.  Me convidou para acompanhá-la até a cozinha, onde ela acompanhava a evolução de pães e biscoitos de queijo que assavam no forno.
Em instantes papeávamos como velhos amigos. Falávamos de família, filhos e filhas, netos. Quando falamos dos netos, seu olhar se iluminou, e coincidentemente uma garotinha esperta passou ali perto, a me observar. Notei seu olhar de ternura e carinho em direção à pequena. Amor de mãe, amor de avó é sempre explicito, impossível de esconder.
Enquanto o pão de queijo e o biscoito de queijo assavam, a alegre senhora “passou” o café, feito à moda antiga com coador de pano e bule de alumínio.
Logo seu filho terminou de preencher os papeis e veio ficar conosco. Conversamos sobre assuntos diversos, literatura, religiosidade, trabalho. Ela relembrava momentos da infância dos filhos e filhas, da igreja da Paróquia São Paulo Apóstolo, do Setor Oeste, em Goiânia, onde me casei, do então pároco Padre Remígio – bravo até demais, mas que se derretia com pequenas coisas. E eu me lembrava da casa de minha saudosa mãe, que em quase nada diferia de onde eu estava. Era puro amor, carinho e ternura.
E saiu a fornada cheirosa e deliciosa de pão de queijo, que vieram acompanhados de um delicioso bolo de fubá, com cobertura de chocolate. E o aroma de tudo isso, me levou às lembranças de coisas tão caras e queridas da vida, da infância.
O tempo passou muito rápido naquele pedaço de tarde. Ao me despedir dela e do amigo, saí dali com a alma feliz e o coração leve.
Como faz bem uma casa de mãe, de avó. Ali, presentes tudo o que se precisa, resumidos em duas pequenas palavras: amor e carinho.
Espero voltar outras vezes ali. Afinal, casa de mãe, repleta de ternura, é lugar para se visitar sempre, mesmo no campo imaginário da saudade, somente com o coração.


2 comentários:

  1. Essa é minha tia Jandira! Acolhedora, protetora, um coração enorme...amo😍😍😍

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  2. Essa é minha tia Jandira! Acolhedora, protetora, um coração enorme...amo😍😍😍

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