Em uma tarde qualquer,
quente como são quentes as tardes de verão, precisei buscar um documento com um
amigo e após sair do trabalho, fiz contato via telefone – ainda usamos
telefones – quando soube que ele estava na casa de sua mãe, em um local não
muito distante de onde eu estava. Me prontifiquei a ir até lá, até para que não
o ocupasse muito. Ele enviou a localização e após algum tempo eu estava na
portaria do prédio, aguardando por ele.
Ao chegar e me entregar
o documento, verificou que faltava preencher uma página, que teria que ir
buscar as informações em seu carro. Mas, antes, me convidou para subir até o
apartamento e que enquanto ele terminaria de preencher, eu degustaria um café
que ainda estava sendo feito.
Sou daqueles que
entende que uma oferta de café não se recusa em hipótese alguma. E ainda mais
café de mãe, que além dos ingredientes normais, sempre tem aquele quê de amor e
de carinho.
Ao chegar ao
apartamento, me deparei com uma senhora alegre, de uma simpatia única e sorriso
encantador. Me convidou para acompanhá-la
até a cozinha, onde ela acompanhava a evolução de pães e biscoitos de queijo
que assavam no forno.
Em instantes papeávamos
como velhos amigos. Falávamos de família, filhos e filhas, netos. Quando
falamos dos netos, seu olhar se iluminou, e coincidentemente uma garotinha esperta
passou ali perto, a me observar. Notei seu olhar de ternura e carinho em direção
à pequena. Amor de mãe, amor de avó é sempre explicito, impossível de esconder.
Enquanto o pão de
queijo e o biscoito de queijo assavam, a alegre senhora “passou” o café, feito
à moda antiga com coador de pano e bule de alumínio.
Logo seu filho terminou
de preencher os papeis e veio ficar conosco. Conversamos sobre assuntos
diversos, literatura, religiosidade, trabalho. Ela relembrava momentos da
infância dos filhos e filhas, da igreja da Paróquia São Paulo Apóstolo, do
Setor Oeste, em Goiânia, onde me casei, do então pároco Padre Remígio – bravo
até demais, mas que se derretia com pequenas coisas. E eu me lembrava da casa
de minha saudosa mãe, que em quase nada diferia de onde eu estava. Era puro
amor, carinho e ternura.
E saiu a fornada
cheirosa e deliciosa de pão de queijo, que vieram acompanhados de um delicioso
bolo de fubá, com cobertura de chocolate. E o aroma de tudo isso, me levou às
lembranças de coisas tão caras e queridas da vida, da infância.
O tempo passou muito
rápido naquele pedaço de tarde. Ao me despedir dela e do amigo, saí dali com a
alma feliz e o coração leve.
Como faz bem uma casa
de mãe, de avó. Ali, presentes tudo o que se precisa, resumidos em duas
pequenas palavras: amor e carinho.
Espero voltar outras
vezes ali. Afinal, casa de mãe, repleta de ternura, é lugar para se visitar sempre, mesmo no campo imaginário da saudade, somente com o coração.
Essa é minha tia Jandira! Acolhedora, protetora, um coração enorme...amo😍😍😍
ResponderExcluirEssa é minha tia Jandira! Acolhedora, protetora, um coração enorme...amo😍😍😍
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