segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

2021: REALIDADE E DESAFIOS!

 

Imagem de sarajulhaq786 por Pixabay 


Eis que estamos em 2021. Superamos um ano muito difícil, que foi 2020. Ano que, além de difícil, foi em sua maior parte trágico, cruel até.

Aos problemas já comuns que acompanham a sociedade brasileira, como desemprego em massa, violência urbana, crescimento de milícias e tráfico de drogas, trânsito e mobilidade extremamente complicados, se juntou a pandemia causada pelo Coronavírus, que trouxe consigo uma doença fatal e avassaladora.

No momento em que escrevo esse artigo, nos aproximamos do número trágico de duzentos mil brasileiros mortos pela doença, além de um elevado volume de mortes mundo afora. O mais triste e lamentável é que em poucos dias chegaremos à marca de duas centenas de milhares de vítimas.

No seu dia a dia, o brasileiro sente enormemente os efeitos causados à economia pela pandemia., O primeiro é a absurda elevação de preço dos gêneros de primeira necessidade – carne, arroz, feijão, óleo de soja, produtos de limpeza e higiene – que tiveram seus valores reajustados de maneira tal que nos fazem lembrar os tempos da década perdida de 1980, quanto tínhamos inflação mensal de dois dígitos.

As alegações para os aumentos são muitas, quase sempre, respaldadas pelas leis de mercado, ou pela lei da oferta e da procura. Maior demanda, maior o preço. Não sei até quando isso está certo ou se está certo. O fato é que aquilo que os mais antigos chamavam de “carestia” voltou com força total.

Início de ano, os “is” voltam á nossa rotina, IPVA, IPTU, ITU e outros impostos que a cada janeiro se apresentam em nossas vidas, e são impositivos, não tem como adiar ou deixar de pagar. Obrigação de todo cidadão.

Nas administrações municipais, muitas estão com novos prefeitos. Também, nos legislativos, muitas caras novas. Espera-se destes senhores e senhoras, eleitos para comandarem os destinos de nossos municípios, que tenham sensibilidade e não ajam única e exclusivamente, para punir o bolso e atravancar a vida do cidadão, que não suporta mais tanta carga de impostos e obrigações. E que efetivamente e trabalhem pelo social, pela cultura, pela arte e pelo efetivo progresso de nossas cidades.

Mas, diante de tudo isso, algo ainda mais forte preocupa o cidadão: as constantes atitudes do presidente da República Jair Bolsonaro, no sentido de negar a Covid-19, e com cotidianas situações onde promove desrespeito e falta de consideração com aqueles que o elegeram, e torna o ambiente do país incerto e desesperançado.

Primeiramente, a negativa em obedecer a regras, subvertendo decretos e normas legais e exigíveis, como evitar aglomerações e usar máscara facial. Segundo, a atuação do próprio presidente e seus auxiliares, no sentido de conter investigações, promovendo cada vez mais a impunidade e a certeza que, o roubo ao erário público, desde que feito por políticos, não deve ser punido, afinal, eles precisam manter seus cargos, garantir suas reeleições; e o povo que se dane.

Ainda assim, tenho esperança em um futuro melhor para meu país. O povo precisa começar a se preparar para votar bem em 2022. Em 2020, deu mostras que começou a entender que não podemos ficar á mercê deste ou daquele grupo político, que embora antagônicos e se engalfinhem nas redes sociais, se unem na mesma trincheira para garantir impunidade e perpetuar a corrupção – até se dizem velhos amigos.

Que 2021 seja um ano de recuperação econômica e de retomada da consciência da população. Extremos à parte, que o cidadão de bem, que trabalha, cumpre suas obrigações e não endeusa ou tem políticos ladrões e corruptos de estimação, seja novamente decisivo na escolha de um nome para conduzir os destinos de nossa nação.

Afinal, o Brasil precisa se livrar dos grilhões da corrupção e da impunidade que a mantém, e assim, perpetuam a miséria e a violência.

Que assim seja!


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