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Eis que estamos em 2021.
Superamos um ano muito difícil, que foi 2020. Ano que, além de difícil, foi em
sua maior parte trágico, cruel até.
Aos problemas já comuns que
acompanham a sociedade brasileira, como desemprego em massa, violência urbana,
crescimento de milícias e tráfico de drogas, trânsito e mobilidade extremamente
complicados, se juntou a pandemia causada pelo Coronavírus, que trouxe consigo
uma doença fatal e avassaladora.
No momento em que escrevo esse
artigo, nos aproximamos do número trágico de duzentos mil brasileiros mortos
pela doença, além de um elevado volume de mortes mundo afora. O mais triste e
lamentável é que em poucos dias chegaremos à marca de duas centenas de milhares
de vítimas.
No seu dia a dia, o brasileiro
sente enormemente os efeitos causados à economia pela pandemia., O primeiro é a
absurda elevação de preço dos gêneros de primeira necessidade – carne, arroz,
feijão, óleo de soja, produtos de limpeza e higiene – que tiveram seus valores
reajustados de maneira tal que nos fazem lembrar os tempos da década perdida de
1980, quanto tínhamos inflação mensal de dois dígitos.
As alegações para os aumentos
são muitas, quase sempre, respaldadas pelas leis de mercado, ou pela lei da
oferta e da procura. Maior demanda, maior o preço. Não sei até quando isso está
certo ou se está certo. O fato é que aquilo que os mais antigos chamavam de
“carestia” voltou com força total.
Início de ano, os “is” voltam
á nossa rotina, IPVA, IPTU, ITU e outros impostos que a cada janeiro se
apresentam em nossas vidas, e são impositivos, não tem como adiar ou deixar de
pagar. Obrigação de todo cidadão.
Nas administrações municipais,
muitas estão com novos prefeitos. Também, nos legislativos, muitas caras novas.
Espera-se destes senhores e senhoras, eleitos para comandarem os destinos de
nossos municípios, que tenham sensibilidade e não ajam única e exclusivamente,
para punir o bolso e atravancar a vida do cidadão, que não suporta mais tanta
carga de impostos e obrigações. E que efetivamente e trabalhem pelo social,
pela cultura, pela arte e pelo efetivo progresso de nossas cidades.
Mas, diante de tudo isso, algo
ainda mais forte preocupa o cidadão: as constantes atitudes do presidente da
República Jair Bolsonaro, no sentido de negar a Covid-19, e com cotidianas
situações onde promove desrespeito e falta de consideração com aqueles que o
elegeram, e torna o ambiente do país incerto e desesperançado.
Primeiramente, a negativa em
obedecer a regras, subvertendo decretos e normas legais e exigíveis, como
evitar aglomerações e usar máscara facial. Segundo, a atuação do próprio
presidente e seus auxiliares, no sentido de conter investigações, promovendo
cada vez mais a impunidade e a certeza que, o roubo ao erário público, desde
que feito por políticos, não deve ser punido, afinal, eles precisam manter seus
cargos, garantir suas reeleições; e o povo que se dane.
Ainda assim, tenho esperança
em um futuro melhor para meu país. O povo precisa começar a se preparar para
votar bem em 2022. Em 2020, deu mostras que começou a entender que não podemos
ficar á mercê deste ou daquele grupo político, que embora antagônicos e se
engalfinhem nas redes sociais, se unem na mesma trincheira para garantir
impunidade e perpetuar a corrupção – até se dizem velhos amigos.
Que 2021 seja um ano de
recuperação econômica e de retomada da consciência da população. Extremos à
parte, que o cidadão de bem, que trabalha, cumpre suas obrigações e não endeusa
ou tem políticos ladrões e corruptos de estimação, seja novamente decisivo na
escolha de um nome para conduzir os destinos de nossa nação.
Afinal, o Brasil precisa se
livrar dos grilhões da corrupção e da impunidade que a mantém, e assim,
perpetuam a miséria e a violência.
Que assim seja!
-*-
Nossa! Que texto bom!!! Parabéns!
ResponderExcluirAssino em baixo .... Cleovan Irmão Siqueira. 😀👍🤞🙏
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