Mal foram empossados os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em 2020 – um pleito que bateu recorde de abstenções, por causa da Covid-19 e sua letalidade – os olhos dos políticos brasileiros imediatamente se voltaram para 2022, quando seremos convocados a ir às urnas eleger presidente, governadores, deputados estaduais e federais e senadores.
Aliás, alguns dirigentes de agremiações partidárias, antes mesmo das eleições municipais já tinham suas estratégias voltadas para 2022, aproveitando o momento do pleito de 2020 como balão de ensaio e avaliando possibilidades.
Hoje, em janeiro de 2021, o cidadão comum certamente prioriza outras preocupações que não as próximas eleições, afinal, para quem é de bem, trabalhador, honesto e diariamente tem que acordar cedo, correr e lutar para manter seu trabalho, sua sobrevivência e de sua família, está pouco se importando com eleições, ainda mais no “longínquo” ano de 2022.
Mas o mundo político, esse sim, continua atuante e luta para estar em evidência e manter ou buscar o poder para si e seu grupo.
O noticiário – ou “a mídia” – cotidianamente traz farto material sobre política. Apesar dos recessos de natal e ano novo, as movimentações de bastidores seguiram e seguem a mil por hora. E há fatos que podem ajudar sobremaneira a pavimentar uma vitória em 2022, como colocar aliados e apaniguados em secretarias municipais ou obter um bom cargo em uma câmara municipal. E chama à atenção a movimentação para as eleições das mesas diretoras do Senado da República e da Câmara dos Deputados. Segundo análises dos especialistas em política, traduz-se que tudo continuará como antes nas duas casas legislativas.
O momento difícil pelo qual passa o país, onde temos um governo negacionista, omisso e pouco preocupado com os brasileiros, em teoria, haveria de requerer a presença e atuação firme do congresso nacional, de acordo com a constituição, os deveres e valores republicanos, exigindo de maneira firme posicionamentos do governo.
Porém, o Senado da República claramente abriu mão da prerrogativa de “Casa Revisora”, para se colocar de joelhos diante do poder executivo, dando a entender o propósito de impedir que leis duras e eficazes contra a corrupção avancem. A Câmara dos Deputados, segue no mesmo caminho – basta lembrar que o projeto aprovado no senado, de autoria do Senador Álvaro Dias, que autoriza prisão em segunda instância, está plácida e tranquilamente engavetado pelo atual presidente da casa, deputado Rodrigo Maia. A história, felizmente registra – e cobrará – tudo isso.
Com a clara omissão do congresso nacional, sente-se que o país está ao deus-dará, sem norte, uma nau sem rumo e com o congresso nacional acompanhando de longe as picuinhas diárias causadas por um chefe de governo que minimiza os milhares de brasileiros mortos pela Covid-19, se dirige de maneira agressiva a profissionais de imprensa, que cumprem seu dever e sua missão, além de se referir diretamente a um jornalista, e chama-lo de “canalha”, como fez com William Bonner. Isso para não citar as trapalhadas na política externa.
Sem contar que atribui “à mídia” – que cumpre o sagrado dever de informar – seus fracassos e desmandos.
Voltemos nossa atenção para a bancada goiana: dezessete deputados federais e três senadores. Como têm agido esses senhores? Em prol da sociedade goiana e até mesmo em prol do país? Ou fazem o jogo do poder central?
O que têm feito por Goiás os senadores Luiz Carlos do Carmo (que assumiu como suplente a vaga deixada por Ronaldo Caiado), Vanderlan Cardoso e o polêmico, midiático e venerado Jorge Kajuru? Presença constante apenas em redes sociais alimentadas por assessores, não devem ser o único fator para avaliação do mandato de um parlamentar.
E os deputados federais? Soldados de um exército que protege e agrada incondicionalmente a seu comandante? Ou independentes, agem de acordo com os interesses da coletividade e cumprem a missão confiada a eles pelo voto dos eleitores?
Aliás, um fato sempre chama a atenção: após eleito, um parlamentar vota, ou trabalha contra os interesses da população, justifica o ato em nome “da governabilidade”, ou “por atitude republicana”.
2022 está muito próximo. Importante o eleitor procurar lembrar em quem votou em 2018 e buscar saber como foi e está sendo atuação dos parlamentares de Goiás, seja estadual ou federal.
E votar em quem tem real compromisso com o bem comum, com a sociedade.
Lembrando: 2022, está logo ali!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
2022? ESTÁ LOGO ALI!
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Nooooooossaa! Que texto perfeito!!! PARABÉNS!!! A literatura é que nos liberta!!!
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