Não
demorou, e as flores deram lugar a pequeninos frutos, singelos, frágeis e
esperançosos que cumpriram seu papel, tornando-se alimento e semente. A perpetuação
da vida!
As
flores se tornaram frutos e esperam calmamente que as chuvas venham, para que a
seiva generosa as alimentem com os nutrientes necessários à vida e ao
crescimento.
Noto
debaixo das arvores um numero incomum de pequenos frutos caídos. Lembro que o
calor toma conta de nossos dias e noites. As chuvas esse ano ainda não vieram
como esperado. Estamos na ultima semana de outubro e poucos momentos de chuva tivemos,
limitados pingos d´água que sequer chegaram a molhar a terra.
O
fato é que a safra de mangas, goiabas, cajus, abacates e outras frutas, tão presentes
na nossa vida, desde a infância, esse ano, será menor.
No
decorrer desta semana, pude conversar com um sertanejo, pessoa acostumada às
lides da agricultura. Ele me afirmou que nesses casos, a temporada das chuvas será
menor e consequentemente, teremos colheita menor também. A produção na roça não
será tão generosa como nos anos anteriores.
Fico
a refletir sobre aquelas palavras. Vivemos momentos onde a tecnologia reina no campo
com previsões do tempo que podem transcender meses. Sabe-se tudo com
antecipação do que pode ou ao pode ocorrer. Pode-se prever com acerto quais
commodities serão mais valorizadas. E não se tem apenas uma safra, mas varias, safra
de verão, safra principal, safrinha, etc.
A
mãe terra não tem descanso. Oferece suas entranhas diuturnamente à produção. O
mundo, avido por alimentos, o mercado louco por produtos, exigem isso. A terra
não pode ficar nua. Nunca, jamais. Acabaram
os nutrientes? Repõe-se. Cada dia a indústria química toma conta da
agricultura.
A
conversa me levou á infância, ao tempo que meu pai fixava o olhar no horizonte,
nos sinais do céu, das nuvens e previa como seria aquela estação, aquele “inverno”.
Plantava o suficiente para sobreviver, e o pouco que sobrava, era vendido na
cidadezinha ali perto mesmo. }Era um tempo em que o campo era o local onde o sertanejo buscava e produzia o alimento
necessário apenas para sustentar sua prole, sem exageros e sem desrespeito com
a mãe natureza.
Eu
particularmente sou a favor do progresso, sou sim. Mas nada me tira o encanto
de uma roça, onde o vento sibila entre cachos dourados de arroz e os pássaros usufruem
apenas o necessário para a sobrevivência. Afinal, todos são criaturas de Deus,
habitantes do universo.
Voltando
ao cotidiano da cidade grande, que as chuvas venham logo e tragam clima mais
ameno e conforto. E mesmo em ano que a safra de mangas, goiabas, abacates e
cajus seja menor, a esperança permanece e continua. Dias sempre melhores
haverão de vir em nossa vida!
Sempre!
gostei do texto descrevido onde se coloca a beleza da nossa agricultura....onde pouca gente da inportancia de onde vem nossa sal....davel sobremesa. e que venha as chuvas
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