sábado, 30 de março de 2013

TRILHA... DE ARTE E CULTURA


                Seria mais uma visita a um cliente, dentro da minha rotina diária. Não que visitar clientes seja algo difícil para mim, pois gosto do que faço. Para mim cada visita é sempre um evento proveitoso, interessante.
                No inicio, tudo normal. Um prédio moderno, desses que exigem identificação, com sistema de acesso controlado e muita segurança.
                Porem, ao adentrar a sala onde fica a empresa, tive noção imediata do que encontraria:  um “bom dia” verdadeiro, emoldurado pelo sorriso franco da pessoa que me recepcionou. Feitas as apresentações, pediram que aguardasse enquanto quem me receberia terminava uma reunião.
                Observando aquele ambiente, decorado com certa simplicidade, porém extremo bom gosto, não pude deixar de notar o astral e o clima positivo que reinava ali. Pessoas focadas no trabalho, porém sempre com cortesia e um sorriso no rosto.
                Ao ser recebido pelo cliente, começamos a conversar de negócios. Mas a conversa fluiu de forma bastante interessante. Comentando sobre a vista que tínhamos do alto do nono andar, o cliente observou que, se não era a visão de “uma Barra da Tijuca”, mas ao menos, podia-se ver a cidade, o horizonte, o mundo à frente.
                Discorremos sobre o que de fato tinha me levado até aquele local, sobre nossos negócios, mas a conversa rapidamente evoluiu para assuntos interessantes. Falamos de cultura, de educação, de conquistas na vida.
                Impossível não comentar sobre a banalidade das composições atuais, a pobreza de ritmos e a falta de poesia. A música que sempre foi motivo de encanto, hoje para muitos é refrão agressivo, desvalorização da mulher, absoluta falta de conteúdo.
Em dado momento, o cliente citou um fato que lhe ocorrera. Ao estar em uma das grandes livrarias e magazines de Goiânia, ele percebeu uma senhora, acompanhada do filho adolescente,  a observar equipamentos de tecnologia, como tablets e note-books. E ao ser indagado pela pelos dois sobre qual seria o equipamento que indicaria, sem titubear, apontou para a estante de livros e disse: “aqueles”. Ante o olhar surpreso da senhora e do menino, concluiu que o prazer de ler é algo incomensurável. E que ninguém jamais há de retirar conhecimento e cultura de ninguém. Livros são caminhos mágicos que proporcionam viagens infinitas e interessantes. E “um país, se faz com homens e livros”.
                Compactuei com aquele pensamento de imediato. E o que era uma reunião de negócios passou a ser uma troca de experiências. Um momento cultural. Ainda discorremos sobre o mundo, Europa, América do Norte, Brasil.
                Não sei se concluirei o negócio, sequer se verei outra vez esse cliente. Mas ficou marcado para sempre em mim, aquela manhã chuvosa, onde, em um escritório de negócios, normalmente ambiente competitivo e de certa forma hostil, trilhamos por caminhos repletos de cultura, livros, arte.
Percorremos e revivemos alegrias encontradas nos momentos felizes junto à família, através de conquistas e sucessos.  Enfim: o bom ambiente e a alegria reinam naquele lugar.
O prazer e a alegria de, no trabalho, viver muito bem. Isso é encontro diário com a paz, a harmonia e a plenitude. E com a felicidade.

quinta-feira, 28 de março de 2013

LAVA-PÉS, SEXTA-FEIRA SANTA E ALELUIA: TRADIÇÕES


                “Pecador, agora é tempo, de contrição e de temor. Segue a Deus, despreza o mundo, já não seja pecador”.

A voz forte e grave do Tio José Luiz (Gonçalves dos Santos) ecoava nas ruas da pacata Silvânia, que nos anos 1980 era tranquila e boa de viver. A Silvânia dos tempos da minha distante e saudosa infância.
Tio Jose Luiz puxava com seu canto mavioso e dolente a imensa procissão, que pelas ruas dirigia-se à igreja matriz. Era a procissão do Lava-pés.
                A imponente matriz aos poucos ia se enchendo de fiéis e parecia ficar pequena, não haver mais espaço. O lava pés é um dos momentos mais sublimes e importantes da semana santa. Repetia o gesto de humildade de Jesus Cristo, que também lavou os pés e curou as feridas de seus apóstolos.
                Após a cerimonia do Lava-pés na Igreja Matriz, hora de se recolher em respeitoso silencio e veneração. Não havia, como hoje, grandes veículos entupidos de som e com jovens a se embriagar e a agredir o silencio e o respeito das pessoas. Silvânia respeitosamente vivia e venerava a semana santa.
                Iniciava-se ali a vigília, onde entre orações e cânticos. Na sexta-feira, pouco se falava. Novamente a matriz, a procissão do Senhor morto e Nossa Senhora da Senhora das dores. A imagem percorria as ruas da cidade, venerada respeitosamente.
                Depois, apenas as orações. Na sexta-feira santa os sinos não tocavam.
                Tudo mudava quando chegava o sábado de aleluia. Era hora de preparar a alegria da festa da ressurreição do Senhor. Crianças ficavam meio ressabiadas, pois naquele tempo, tradicionalmente os pais não batiam nos filhos durante o período da quaresma. Assim, eles aproveitavam e se soltavam. Mas, no sábado de aleluia, ficavam ressabiados, pois vai que um pai ou uma mãe havia guardado alguma travessura para “tirar” no aleluia.
                Havia a malhação do Judas, um boneco cheio de balas e doces, que era simbolicamente destroçado, como que a “vingar” a traição que um dia Jesus foi vítima.
                Domingo, dia da pascoa. Passagem. Momento de celebrar a ressurreição e a vida. Celebrar o amor e a alegria. Doces, páscoa, chocolates. Doçura e alegria.
                Hoje a semana santa perdeu um pouco do valor que era dado nesse tempo da minha infância. Prevalecem festas, viagens e diversão. Pouca ou quase nenhuma devoção e reflexão. A tradição de não comer carne na sexta-feira santa sequer é observada.
                Tempos modernos. Mas que não foram capazes de me fazer mudar conceitos a ponto de perder a fé e as tradições. Que estão dentro de meu coração.
                Votos de Feliz e abençoada páscoa a todos.

DE CICLOS... DEVERES...


                 Sentado no pequeno banco de madeira, olhando o titubear das chamas do fogo no fogão à lenha, o sertanejo põe-se a refletir. Uma canção ao longe a servir de fundo musical naquele momento. A canção que ecoava na humilde e simples casa, vinda de um velho rádio a pilhas que servia de companhia constante a todos dali.
                Estava calado, mas feliz. O ano fora bom. As chuvas, tímidas, o inicio, vieram no tempo certo, em quantidade e intervalos suficientes para que o arroz e o milho crescessem viçosos e produzissem bastante. Na hora da colheita, a satisfação de ver que o esforço não fora em vão. Que a fartura chegara.
                As últimas chuvas vieram fortes, a enchente de São José praticamente fecha o ciclo das chuvas, do “inverno” chuvoso do ano. Ainda podia ver ao longe as marcas da ultima chuva. O chão ainda parecia molhado e os desenhos na areia fina acumulada às margens da pequena estrada ainda permanecia intocado.
                Tinha a sensação do dever cumprido. O paiol cheio, a sala da casa cheia de sacos de mantimentos, ordenados até o teto da humilde choupana. Certeza do alimento para a família, para os animais da fazenda. Ainda sobraria um pouco para ser vendido, garantindo assim um pouco de dinheiro. Não era muito, mas à medida que se fizesse necessário, ia vendendo aos pouco o excedente da produção. Milho, arroz e feijão. Sem contar que no quintal, o mangueiro estava  cheio.
                Os ciclos da vida, pensava. Ciclos que se completam. Como o das aguas. Que todos os anos ao vir, traz a fertilidade, renovação da vida, fartura. É preciso apenas trabalhar a terra, o restante a mãe natureza faz. Ciclos. Que vão e vem.
                Como o ano fora bom, a colheita farta, pensava em fazer algumas melhoras na fazenda. Poderia começar por uma pintura na casa, uma reforma no curral e adquirir algumas reses e animais para a lida da fazenda. Planos, que seguramente em  breve implementaria. 
Outra canção no velho radio evoca uma saudade. Saudade dos tempos vividos, da mocidade, da juventude já um tanto distante. A canção traz a saudade ao mesmo tempo em que surge no horizonte bela e majestosa lua. Quase cheia, ainda crescente. Ladeada por estrelas tímidas. Noite clara... Noite de luz.
Observando como que encantado a lua, que aos poucos vai subindo no céu, põe-se a agradecer ao pai os resultados bons.  O árduo e difícil trabalho na roça não fora em vão. Sob o sol inclemente ou chuva intermitente não parara, continuara a lida, dera conta de tudo. O resultado aí estava.
O mugir tardio de uma rês no curral o traz de volta a realidade. O tempo passara rápido. O radio ainda a trazer canções.
Hora de dar o merecido descanso ao corpo. E com a lembrança da lua encantada daquela noite, foi buscar o carinho e os braços da amada.
Na sua simplicidade, estava pleno, feliz. Realizado. Amanhã, tudo recomeça. Mais um dia de trabalho. No interminável ciclo da vida.

sexta-feira, 15 de março de 2013

SONHAR. E SER FELIZ: SEMPRE!


                Somos eternos sonhadores. A cada dia, sonhamos com coisas boas, momentos bons e com o sucesso na vida familiar, empresarial, social e pessoal. Tudo começa partir daquilo que sonhamos. E talvez queiramos saber o tamanho e o volume de nossos sonhos.
                Sonhar é preciso. Sempre. E a busca incessante pela realização e efetivação desses sonhos, que um dia se transformam em projetos de vida, que continuam sendo sonhos, começa em uma pequena cena, em um pequeno lampejo, uma vontade de realizar.
                O rapaz que sonha conhecer aquela garota, e um dia conhecendo-a melhor, sonha em tê-la nos braços, em viver um romance, uma paixão, um namoro. Isso acontecendo os sonhos começam a ir além, como estar em seu coração e em todos os momentos de sua vida. Assim alcançar a felicidade. Plenitude. E tendo aquela garota no coração, parte-se para outros sonhos: o da vida a dois, constante, da família que virá, da troca de sentimentos, amor e ternura. Sonhos, realidades.
                Sonhar é preciso. Ser feliz é preciso. Sempre. Ser feliz é consequência também de poder realizar os sonhos.  A felicidade anda junto com isso. Realizando sonhos necessariamente encontramos aquilo que tanto buscamos: ser feliz, plena e constantemente.
                Para a concretização dos sonhos, nada é fácil. Inclua-se aí a conclusão da faculdade, o sucesso profissional, a casa própria, o carro novo. A chegada dos filhos, a concretização do amor. Tudo isso acrescentado de dificuldades, onde para vencer foi necessário muita luta, suor, garra, tenacidade.
                Os percalços são naturais. As pedras do caminho, os dias difíceis, as noites insones, tudo isso faz parte do contexto, para que os sonhos se concretizem e a felicidade seja alcançada.
Mas, felicidade nem sempre é conquistas ou bens materiais. Pode estar bem perto, muito próxima de nós. As conquistas pessoais são algo que traz felicidade, mas precisamos nos acostumar notá-la em pequenas coisas, em pequenos gestos e atitudes.
Como emocionar-se diante de um o sorriso franco e sincero de uma criança, ficar encantado ao ouvir o canto de um sabiá, do nascer do sol na chegada do novo dia. Viajar aos recônditos da alma na beleza dos acordes de uma canção, seja um samba ou uma sinfonia. A sabedoria da natureza demonstrada na solidariedade e dedicação de patos que, em voo longo, fazem no céu um formato de “V”, onde o da frente bate asas para o que vem atrás, em revezamento honesto e igual.
A sensibilidade de ver e perceber isso é que traz a felicidade. De nada adianta ter sonhos realizados, todos os bens do mundo sem o coração feliz. Tudo isso somente se completa, ao se perceber o valor das pequenas coisas.
Sonhar e ser feliz... Sempre. É o que buscamos em toda nossa existência. Que nossos sonhos, se realizem e tragam ao coração felicidade e harmonia. Sempre!

sexta-feira, 8 de março de 2013

TRAJETÓRIAS... CAMINHOS!


                Há algum tempo afirmei que “a vida é jornada, não destino”. Ensinamentos tirados de um velho cartaz, em inglês, que um dia vi pregado me uma parede qualquer. Frase que me acompanha por toda a vida.
                A vida é jornada... Não destino. Se aceitamos como sina as intempéries e agruras da vida, os destinos desencontrados serão sempre renitentes, constantes.
                Somos capazes sim de mudar nossos rumos, trajetórias. Rumos que às vezes pedem mudanças de curso. Radicais até. Somos nós quem sempre quem deve comandar o leme da vida. O timão deve estar sob nosso pleno comando.
                Vou aos recônditos do coração, visito o tempo da minha infância, da minha meninice. Revivo minha trajetória. Desde o menino sonhador, que esperava ansioso as tardes do domingo para ir ao velho cinema até o pai de família, que continua sonhador. Do velho cinema, de poltronas de madeira ao moderno “home theather”, existe uma longa trajetória percorrida. Lembro que naquele tempo, após o cinema, ia para a praça, a pequena praça da cidade onde morava. Hora de ver os amigos, conhecer pessoas, encontrar os colegas de aula.
                O tempo não volta. E lembranças, recordações se perpetuam em imagens de saudade, cuidadosamente guardadas na memória, no coração. Nada apaga o encanto de determinadas épocas. Passagens da vida, trajetórias percorridas.
                Um dia desses, enquanto caminhava e corria em um dos belos parques da minha querida Goiânia, uma cena me chamou a atenção: um casal, com uma pequena criança nos braços, em uma barulhenta  “mobillette”  estacionou ao lado dos carros imponentes e luxuosos do local.
                Muito jovens, de feições adolescentes, deixaram seu veiculo ali bem amarrado, trancado com cadeado e se dirigirem ao amplo e bem cuidado gramado, onde outras crianças brincavam e se divertia. Traziam uma colorida e imensa bola.
                Depois de forrar cuidadosamente o local com um lençol branco, onde a “menina-mãe” se acomodou, o pai pôs-se a brincar com o filho, que seguramente não tinha dois anos ainda.
                Apesar de muito jovens, era nítido no semblante dos dois a alegria de dividirem aquele momento de alegre convivência. Depois de brincar e correr, o bebê como que cansado, resolveu buscar o colo da mãe, onde recebeu os cuidados e uma mamadeira.
                Após o “jantar” deixou-se ficar quietinho, deitado ao lado dos pais em velado e leve sono. Enquanto isso, seus pais dedicavam extremo zelo e cuidado mútuo. Carinho, ternura, doçura nos seus pequenos gestos. Beijos leves e mãos dadas, com o olhar atento e cuidadoso no bebê.
Deixaram-se ficar ali bom tempo, naquele namoro calmo, silencioso, onde parece que não havia necessidade de palavras para que expressassem seu amor.
                Ao completar minha volta, notei que se preparavam para deixar o local. Juntaram os pertences em uma bolsa, se aconchegaram como puderam na pequena e barulhenta “mobilette” e saíram livres e tranquilos pela rua, iniciando a trajetória de retorno ao seu lar, que pressuponho humilde, mas feliz.
                O barulho estridente do veículo ainda ecoa em meus ouvidos e traz à lembrança aquele momento. Momento de ternura, de extrema felicidade.
                Um jovem casal, em sua trajetória de vida, buscando momentos de lazer, em uma noite quente da minha querida Goiânia. A menina-mulher zelosa, de seu filho e de seu companheiro. O rapaz, quase imberbe, cuidadoso, buscando felicidade em pequenas coisas e gestos.
                Impossível não me emocionar e, do fundo do coração,  desejar que aqueles jovens sejam felizes, que lutem e deem ao filho tudo de bom que a vida possa oferecer. Mas que acima de tudo, que continuem a dar a si e ao nenê, carinho, ternura, e amor e que a vida permita que continuem sendo felizes. Muito felizes.



sexta-feira, 1 de março de 2013

HOJE, A NOITE TEM LUAR...


                A lua, amada lua, andou fugidia qual estrela na madrugada. Nuvens, de chuva ou não, teimavam em impedir que ela mostrasse seu radiante e maravilhoso brilho.
                Mas as nuvens foram se indo, levadas pelo vento, tocadas pelo tempo e logo prevaleceu majestoso e encantador clarão. Veio intensa, por trás das montanhas, imponente, avermelhada, cheia de mistérios e encantos. Lua de todos, testemunha de amores, cúmplice dos amantes e namorados apaixonados.
                Lua que ao derramar sua luz, inspira canções, poemas, acalenta sonhos. Paixões.
                Lua que emoldura lugares encantados. Que faz uma singela Vila Colonial, tornar-se ainda mais bela e acolhedora. O som dolente da viola, tocada por mãos mágicas e ágeis, fazia da trilha sonora caminho para o coração.
                No fogão à lenha, cheiro de pamonha quase pronta. Pessoas alegres, em alegre e ruidoso festar.  Comadres, compadres, crianças brincando, meninas tímidas ninando suas bonecas. Carinho intenso. Momento de viver a infância feliz, afinal, bonecas que um dia cairão no esquecimento e talvez nem estejam em sua saudade.
                A viola mágica dá um tempo, faz pequena e necessária pausa. Hora de servir a pamonha. Mas não sem antes aquele compadre e amigo apresentar uma “da pura”, de alambique, da terra, feita ali mesmo. Reserva especial, especialmente deixada para aquelas ocasiões. Pamonha, arroz doce, curau. Agora, que a viola momentaneamente se calou, o som ritmado do monjolo dá o tom na noite.
                Alegria, confraternização. Um rapaz tímido se aproxima e, tomando coragem, tendo o incentivo dos amigos, vai falar, diante de todos, com o pai de uma moça que sonha namorar. Na verdade, tudo já está alinhavado com a mãe da menina. Como a tradição e o respeito ainda imperam, tem que ser assim. Tímido, com receios, toma coragem e recebe um quase sim, algo como “vou pensar”. É a senha, o que quer dizer: sejam felizes, namorem, vivam a juventude, se amem.
                Logo, estão ali, e de mãos dadas, sob a luz da lua, a se conhecer, a se tocar suavemente, ainda a espera da oportunidade do primeiro beijo. Amor, felicidade, vida.
                A pamonha servida, todos fartos, saciados. A viola mágica, plangente enche novamente a noite de alegria, agora, acompanhada de um acordeom. Casais vão dançar. De repente, não há mais espaço na varanda a Vila Colonial. Alegria presente.
                A lua, no alto céu, continua lentamente seu percurso. Parece sorrir ao presenciar o primeiro beijos dos enamorados daquela noite. Primeiro de muitos beijos de amor, de carinho, de ternura.
                Apenas a lua por testemunha. Apenas a lua. Sob o som mágico de encantada viola.