Encenação de "Carmina Burana - O Fortuna" de Carl Orff por alunos do CEP em Artes Basileu França, de Goiânia. Exemplo de superprodução e alto nível. |
O advento do Plano real, em 1994 alavancou a
economia brasileira de tal forma que, hoje, decorridos vinte anos o cenário é
animador e muito diferente de quando foi criado o bem sucedido plano econômico.
Em outubro de 2013, o IBGE divulgou um estudo
onde aponta que, entre 2007 e 2010, os investimentos em cultura passaram de 4,4
bilhões de reais para 7,3 bilhões. Números astronômicos.
O mesmo estudo ainda mensurou que as famílias
gastam em média, cerca de cinco por cento de seu orçamento famílias, o
equivalente a 106 reais ao mês.
Nota-se que, com a economia estável, forte e
em crescimento o reflexo no setor cultural é imediato.
O consequente aumento da renda e da qualidade
de vida do brasileiro, trazido pela estabilidade econômica fez com que
atividades e gastos que então eram considerados supérfluos ou não prioritários,
passaram a ser rotina e foram inseridos no modus vivendi do brasileiro e de
suas famílias. Ir ao teatro, ao cinema ou a shows de diversas tendências tornaram-se
hábitos comuns e triviais.
Torna-se impossível um desenvolvimento
cultural verdadeiro sem a economia forte. Empresas, com base no que permitem
leis de incentivo, como a “Lei Rouanet”, passaram a direcionar investimentos e
publicar editais, para que surjam propostas do empreendedores culturais
legalmente capacitados e usufruam dos recursos. E normalmente, essas empresas,
através desses editais e concursos, selecionam projetos que atendam de certa
forma ao meio e ao fim de seu ramo de atividade.
O Grupo 3M, gigante multinacional da
indústria química, com intensa atividade no Brasil, em seu edital permanente,
no item 3, onde fala quanto ao “foco dos investimentos”, pode servir como
exemplo:
“3. Foco dos
Investimentos: A 3M direcionará seus investimentos preferencialmente nos
segmentos culturais a projetos que estejam relacionados aos Valores e Atributos
3M, preferencialmente nos segmentos culturais a seguir: artes cênicas – teatro,
audiovisual, multimídia, literatura e exposições.”
É um claro exemplo de como uma empresa,
independente do porte, se médio ou grande, pode usufruir de politicas de
incentivos culturais a seu favor, a fim de divulgar e apresentar a sociedade
seus valores, missão e conceitos.
Pode-se notar de forma concreta e detalhada,
os investimentos e captação em projetos com base nas leis de incentivos, ao
acessar o sitio do Ministério da Cultura.
A realidade econômica do país - já não tão
nova, afinal, há uma geração acostumada à estabilidade econômica - trouxe novos
desafios. Há recursos. Existem recursos. Mas, como então alcançar, prover e
usufruir de tais montantes?
Já se foi o tempo que bastava uma boa ideia,
um traje elegante e um sorriso capaz de convencer um empresário. Hoje discute-se
projetos factíveis, com viabilidade. Não há espaço para sonhos, ideais pessoais
ou projetos visionários.
Tomemos o exemplo de Goiás: O governo do
Estado lançou o Fundo Cultural. Programa avançado, mas que para que se faça jus
à obtenção dos recursos, tem-se que cumprir uma serie de formalidades.
Contribuiu em muito para esclarecer dúvidas oficinas de projetos que ocorreram
em diversos locais e datas. Quem aproveitou e usufruiu da oportunidade,
conseguiu informações que são imprescindíveis para que se apresente um bom
projeto, fundamentado e bem construído, atendendo às exigências do fundo.
A proposta fundamental da economia ao setor
cultural é que se especialize. Que abrace oportunidades que se apresentam, com
padrões e níveis de profissionalismo condizentes com aquilo que é a realidade
econômica do Brasil. É uma grande oportunidade para que o setor cultural tenha
sua imagem dissociada do improviso, achismo ou mesmo de uma imagem romântica de
eternos idealistas. A economia em seu momento atual propõe que busquem
profissionalismo! Competência! Eficiência! Nada mais.
Carmina Burana, de Carl Orf, encenada por alunos do CEP em Artes Basileu França, de Goiânia, em Setembro de 2013. |
Carmina Burana, de Carl Orf, encenada por alunos do CEP em Artes Basileu França, de Goiânia, em Setembro de 2013.
ResponderExcluirNo dia 24 assisti este esplendido espetáculo, um grandioso e harmonioso feito de nosso estado. Com alunos e convidados da instituição,deram boas vindas a mim aos que lá estavam. mais um grande feito da unidade de ensino. hoje vejo que a força e a dicação dos profissionais traz mais propriedade e molda os interessados, no inicio deste ano ate hoje filas enormes e formada por diferentes pessoas em busca de um arte unica que aqui no estado só encontrei lá. me encanto , emociono, dentro daquelas paredes há um mundo diferente. esqueço de todos os problemas que passo aqui fora.
Carmina Burana, de Carl Orf, encenada por alunos do CEP em Artes Basileu França, de Goiânia, em Setembro de 2013.
ResponderExcluirNo dia 24 assisti este esplendido espetáculo, um grandioso e harmonioso feito de nosso estado. Com alunos e convidados da instituição,deram boas vindas a mim aos que lá estavam. mais um grande feito da unidade de ensino. hoje vejo que a força e a dedicação dos profissionais traz mais propriedade e molda os interessados, no inicio deste ano ate hoje filas enormes e formada por diferentes pessoas em busca de um arte unica que aqui no estado só encontrei lá. me encanto , emociono, dentro daquelas paredes há um mundo diferente. esqueço de todos os problemas que passo aqui fora.