Vez por outra aparece no noticiário um tema que ouço desde que me entendo
por gente: reforma política. Não sei se por falta de assunto, ou se provocada
pelos lideres políticos do momento, que precisam da atenção às ações do Congresso
Nacional, a mídia por vezes dedica dias e dias ao assunto. Páginas e páginas nos
jornais, debates acalorados nos programas de radio e TV e muito tempo nos telejornais.
Mas, logo, o assunto sai da pauta, some e voltamos ao estagio inicial. E nada é
feito.
A sociedade está incomodada com o estado atual das coisas. Está assustada.
E os parlamentos, cujos lideres parecem estar preocupados em atender as ordens
emanadas de outro poder, do Palácio do Planalto, e com as madeixas de seu Presidente,
nada faz. O Congresso Nacional está omisso, letárgico e inoperante. Não ouve o
clamor da sociedade que gostaria de ver aquelas casas de leis – Câmara e Senado
– atuando em seu favor.
A população está encantoada, punida e com medo. Abandonada. É preciso a imediata
reação dos deputados e senadores. Um grande clamor é em relação aos crimes
cometidos por menores de idade. A realidade hoje não é a mesma de quando a ex-deputada
Rita Camata propôs, relatou e com seus pares, aprovou o ECA –Estatuto da Criança
e do Adolescente. À época, nos anos 1990, era uma lei moderna, de vanguarda,
que visava dar condições de recuperação aos menores delinquentes. Hoje, esta
lei serve de escudo para que esses menores ajam com extrema violência, pois
sabem que a punição será leve, quase inócua, e sequer serão presos. Logo,
voltarão às ruas delinquindo, bem mais violentos, matando cidadãos inocentes. E
ainda sendo aliciados por bandidos maiores, serão “os atiradores de elite”
dessas quadrilhas. Em caso de prisão, podem assumir crimes, dado que a lei que
os torna quase inimputáveis.
O tráfico de drogas mantém e alimenta uma cadeia criminosa, que manda e
desmanda no país. As autoridades que deveriam zelar pela guarda e recuperação
de presos acabaram entregando os pontos, assumindo publicamente que as cadeias
estão dominadas e nas mãos dos criminosos. Perdeu-se assim o sentido da prisão educativa
a quem comete infração penal. O objetivo da reclusão teoricamente seria
recuperar o infrator, para que ele possa sair da instituição prisional
recuperado e decidido a não cometer mais crimes. Acontece justamente o
contrário.
Voltando aos nossos parlamentares, seria bom se fizéssemos uma pesquisa
da atuação de cada Deputado e Senador. Pesquisar sobre o que fizeram, sobre
quais assuntos fizeram proposições e como legislaram em favor da sociedade. De
forma efetiva, prática, não como sempre fazem, agindo como meros despachantes e
vassalos do poder executivo. O que os parlamentares goianos produziram de
verdade? Atuaram mesmo em função do bem estar, da segurança e da melhoria de
vida da população, em todos os níveis, em todas as classes sociais?
Esse ano termina mais uma legislatura. Veremos outra vez um fenômeno, os políticos
cometas que completando sua órbita elíptica, voltam para perto do povo, em
busca dos votos – e voto de pobre tem o mesmo valor do voto do rico – que os
manterão encastelados no poder por outro mandato, satisfazendo suas vaidades e
tornando-os novamente quase inalcançáveis, pela lei e pelos simples mortais.
Deve-se pensar muito antes de depositar o voto em favor de um nome. Ver o
seu passado, sua atuação e se possível, seu caráter. E se teve mandato, ver o
que fez, como agiu e se atuou em favor da sociedade. Não basta uma boa
maquiagem quando da propaganda da TV e um “fotoshop” bem feito. Não deixe se levar, vote consciente.
Precisamos votar certo desta vez e exigir que os parlamentares que serão
eleitos, ao contrário dos que cumprem mandato atualmente, atuem em favor
daqueles que devem representar. Que ouçam
o clamor das ruas. Não sejam meros abonadores dos atos do poder executivo.
E falar em eleição, você lembra o nome do candidato em quem votou no
ultimo pleito?
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