Ao final da tarde da tarde da ultima
quarta-feira, 22, quando passava na confluência das Avenidas Madri e
Contorno Sul, no Parque Anhanguera, uma cena me tocou e entristeceu.
Acostumado a passar ali e me encantar com as
maravilhas que a Primavera traz, não me contive ao ver a trágica cena. Meu
coração bateu forte... As imagens são trágicas.
Um belo exemplar de Flamboyant caído, ainda
cheio de flores da primavera, vitima da motosserra e da insensatez de uma
empresa que tenta a todo custo implantar uma linha de transmissão com corrente
de alta tensão, que extrapola em muito os limites e recomendações das
autoridades mundiais de saúde. Um absurdo se levarmos em conta as dimensões das
avenidas do percurso onde essa linha passará – espera-se que a justiça impeça
isso – e contra todas as normas técnicas e convenções de segurança que regem o
avanço das linhas de transmissão.
Sem contar que essa linha passará diante de
postos de combustíveis, atravessará locais de nascentes, como do Parque
Macambira Anicuns e em alguns casos,
ficará a poucos metros das residências.
Revoltados moradores unidos e em manifestação
livre protestaram contra a esdruxula linha da insensatez. Mas para a CELG, não
importa a posição dos moradores nem normas e regras de segurança.
O resultado está à vista de todos: além do
total risco à vida de quem mora ou transita pelo local, a desvalorização dos
imóveis já acontece. Afinal, nenhuma pessoa vai querer criar seus filhos ou
viver sua velhice em um local perigoso como será esse.
Uma
constatação: a criminosa omissão e a imposição de um vale-tudo de interesses,
com a complacência de órgãos ambientais e da CELG.
Lamentável
e triste a cena do outrora belo e majestoso Flamboyant... Outras árvores, como
as Palmeiras imperiais, estão sendo e serão massacradas, mortas, extintas...
Tristeza...
Os
moradores não estão calados nem inertes. Ações judiciais foram e estão sendo
protocoladas e espera-se para as próximas horas que haja manifestação da
justiça.
A
vida é um bem inalienável. E a linha da insensatez, adotada pela CELG, não
pode prevalecer ante o direito de todos. Diante da gravidade dos fatos, seria
importante que o governador Marconi Perillo assumisse a interlocução com os
moradores e a CELG e promova a imediata paralisação das obras dessa obra.
A
vida, o meio ambiente e as próximas gerações, agradecem.
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