A manhã de sábado, feriado da Republica me encontrou letárgico e meio que
sem coragem. Não obstante a trilha sonora de bem-te-vis, sabiás, pardais e outros
pássaros do quintal. O tempo estava nublado e ideal para ficar quietinho.
Mas tenho obrigações, dentre elas a crônica semanal. E começou a me
inquietar o fato de não ter muito assunto para relatar, para dizer aos meus
amigos e leitores que generosamente, prestigiam as singelezas que me atrevo a
escrever.
A semana foi movimentada e interessante. O trabalho do dia a dia, as
aulas na faculdade, o show do Cantor Fernando Perillo e Banda Kalunga na Faculdade
União de Goyazes na bela Trindade, tudo foi coroado de sucesso.
No show em Trindade, além da excelente recepção do staff da Faculdade
União de Goyazes, o fato principal foi a participação e a receptividade do
publico à musica feita em Goiás. Foi tudo perfeito: a Banda Kalunga e seu som
de altíssimo nível, o cantor Fernando Perillo contagiando com seu talento e a plateia
receptiva e participativa entoando os grandes sucessos do artista, clássicos da
MPB e outros hits do cancioneiro, como “Tocando em frente” de Renato Teixeira, “Trem
das sete” de Raul Seixas e Paul Coelho.
Depois, uma visita à bela Inhumas, onde na UEG ficou tudo acertado com a
Diretora Carla Conti para novo show. Conheci o belo e acolhedor Centro de Cultura
e convenções Nelo Balestra que receberá dia dezenove, quarta-feira Fernando
Perillo e Banda Kalunga.
Voltando ao assunto da falta de inspiração, em conversa nas redes sociais
com um amigo, paulista de nascimento e já quase goiano, afinal, um dia aportou
por aqui e experimentou o arroz com pequi . Afirma preferir a pamonha. Ele me indica que certamente hei de encontrar
inspiração caso busque um café passado no coador de pano e que tenha pães de
queijo para acompanhar.
Respondi que ideal seria café passado no coador, no bule e deixado sobre
a chapa do fogão à lenha, onde se mantém sempre quentinho. Nessas afirmações,
viajei à minha infância quando na fazenda do meu avô, pela manhã, via os homens
que cuidavam do gado, após o longo trabalho de tirar o leite, vinham até a
cozinha onde minha avó servia ovo frito mole com farinha de puba e linguiça de porco.
Fui à cozinha, vi que tinha um pedaço de linguiça pronto, daquelas bem
apimentadas da feira de Trindade, e não me contive: fritei um ovo de galinha
caipira, coloquei no prato com farinha de puba - sim, eu tenho farinha de puba
em casa – acrescentei a linguiça pura, apimentada e estava pronto meu café da
manhã.
Degustei sorvendo café forte, fumegante e saboroso. Me senti na fazenda do meu avô, na minha infância,
dentro da minha saudade.
Mas, continuo em busca de inspiração... Dei conta de fazer apenas de um
poemeto... Quem sabe, a inspiração chegue muito breve... Um Sabiá, canta aqui
perto. E o coração, inquieto e ansioso, está em atividade. O cérebro, bem, esse
se recusa a trabalhar... Creio que pelo feriado.
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