O ano de 2017 chegou ao fim e creio que para a maioria dos brasileiros,
isso traz certo alivio. Afinal tivemos sim um ano muito difícil, cheio de
incertezas e dificuldades, com um governo federal insensível e em muitos aspectos
desumano. Parece governar, dirigir o país conforme os próprios interesses e de
seus apaniguados. Demonstra ter como obsessão arrancar o minguado e parco
caraminguá do povo, inclusive dos mais humildes e aprovar a toque de caixa
àquilo que acha que será o melhor para o país. Será mesmo? Sem debate, sem
esclarecimentos, sem honestidade até.
Vivemos nos últimos dias de dezembro na grande mídia o tempo das
retrospectivas. Retrospectivas de quê? É claro que o tema dominante será a
violência. Isso foi constatado nos telejornais do horário do almoço, que
fizeram questão de valorizar e colocar em evidencia fatos tristes, lamentáveis
de uma parte da sociedade que sequer merece a dádiva de viver. Embora sejam
seres humanos, são brutais e desconectados com o bem.
Não quero aqui pedir que importantes veículos de comunicação deixem de
cumprir a sagrada e fundamental missão de informar à sociedade tudo o que
ocorre. Mas, ponderemos: o bem também pode e deve dar audiência.
Vamos nos ater então, esquecendo maldades dos governantes, parlamentos
e seus apaniguados, ao bem cotidiano que norteia e nos faz seguir em frente
nessa jornada fantástica que é a vida.
Sim, a vida! Por mais que tenhamos momentos difíceis, quando
acreditamos ser quase impossível supera-los, que na nossa retrospectiva intima
e particular, fora da telinha ou das ondas do rádio, possamos valorizar e
sobrepujar sobre todas as outras coisas o bem!
Por mais que os mandatários do mundo, motivados pela sanha do vil metal
promovam a guerra e não a paz – algo que pensamos fácil se tivessem coração -,
que nossos caminhos sejam muitas vezes tomados pelo medo e pela insegurança,
vamos acreditar que podemos fazer e ter um mundo melhor.
Precisamos nesse ano novo votar melhor, de maneira totalmente
consciente. Nunca, jamais votar em corruptos. Não colocar ou recolocar nos
parlamentos políticos descompromissados com a cidadania, com a honestidade –
algo difícil em um político, né – e com os menos favorecidos aqueles que definirão nossos destinos.
Depende e muito de nós. Na hora do voto, somos soberanos. Mas precisamos não
aceitar cabresto e nos unirmos em torno de valores que devem ser exigidos dos
representantes que elegeremos.
Penso que a partir disso podemos ter um ano de 2018 melhor. Que seja um
ano onde ocorram encontros e reencontros com a alegria, a felicidade a
harmonia. Ah, não esqueçam de cobrar também dos membros do poder judiciário a
justa aplicação da lei a quem deve à sociedade por crimes praticados.
E que a partir de nossas atitudes tenhamos sim um novo ano feliz. Que venhamos
alcançar os sonhos que estiveram distantes e inalcançáveis. Que nesses
reencontros se possa abraçar aquele amigo ou irmão que esteve ausente e que a
paz, a tão sonhada paz prevaleça, ao lado de justiça social e do bem comum.
Que tenhamos um 2018 incrível e surpreendente. Com a paz, o bem e a
alegria sendo nossos principais companheiros.
Que 2018 seja um grande ano.
E assim, desejo um feliz ano novo a todos.
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