sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O MENINO ZEZINHO... AGORA DR. RAPHAEL!


                O menino Zezinho sempre foi espevitado e danado. Liderava as brincadeiras com os colegas da rua e entre seus primos e primas. Paparicado pelas tias, era chamado de Príncipe pela sua adorada “Tia Chiquinha” que tanto gostava de arrumá-lo, vestir roupas novas, pentear seus cabelos.
                Atleta de futebol de rua mediano, logo os colegas resolveram o problema e arrumaram um jeito de coloca-lo no gol, pois suas habilidades eram realmente poucas. Jogando no gol, ao menos, poderia ser mais útil, buscando a bola quando ela fosse para longe, depois de um chute mais forte. Assim nasceu um goleiro relativamente bom, que na escola, fazia poses para as meninas e em determinados momentos chegava a fechar o gol.
                Quando tinha por volta de onze anos de idade, disse aos pais que queria ser médico. Da forma como falou, deu a certeza que buscaria esse sonho, no momento certo lutaria para isso. Não percebeu, mas naquele momento sua mãe encheu os olhos de lagrimas. E o menino Zezinho cresceu acalentando esse sonho.
                    O tempo passa, voa, como rápido passa a vida. De repente o menino Zezinho se vê às voltas com os livros, dedicação integral. Brincadeiras de rua, futebol, amigos de infância, tudo ficando em segundo plano. Agora era enfrentar o famoso vestibular, o desumano sistema de acesso ao ensino superior do brasil.
                     E o Menino Zezinho foi à luta. Buscou, lutou, renunciou momentos de sua juventude, para mergulhar a fundo nos livros, nos cursos, especificas, frequentando aulas durante todo o dia. Não foi fácil, mas o menino Zezinho conseguiu.
                    Longe de casa, morando em republica de estudantes o menino Zezinho deixou para trás amigos, e passou  a ser o acadêmico Raphael. Começava mais uma batalha, mais uma luta renhida. Tão difícil como entrar em uma faculdade de medicina é concluí-la. Mas o jovem Raphael era determinado. E contava com o apoio incondicional de seus pais.
                    Os anos foram passando e o acadêmico Raphael cada vez mais cônscio de suas responsabilidades. Adquiria o conhecimento do funcionamento perfeito – ou não – da fantástica máquina chamada corpo humano, criada por Deus à Sua imagem e semelhança.



                    O dia da formatura finalmente chegou. O “grand finale”. Tudo impecável. Culto, cerimônia de colação de grau, baile. Alegria. Realização. Muita emoção. Presença da família, de amigos, das pessoas queridas que tanto o amam.



                    O menino Zezinho agora é Dr. Raphael Américo. Terá sob sua responsabilidade e atenção vidas, sentimentos. Será portador e relicário de confidencias, depositário da confiança dos humildes e dos abonados, que irão em busca da cura de seus males, suas dores e suas angustias.
                    Deus abençoe seu caminho, Dr. Raphael. Deus mostre o quanto você será útil à sociedade, aos necessitados de alivio para as dores. Felicidade inigualável é ver que você conseguiu seus primeiros objetivos na medicina. Outros estão por vir. Apenas uma etapa foi cumprida, a da graduação.


                    Não tenho nenhuma dúvida que ficarei emocionado ao vê-lo de roupa branca, assumindo sua função de médico. Mas meu coração sempre o verá como o menino Zezinho, aquele menino que um dia foi em busca de seus sonhos.  E começa a realiza-los agora. Parabéns, querido Raphael!

4 comentários:

  1. Essa crônica é mais que uma bela história e exposição de sentimentos. É um imenso incentivo a todos que desejam realizar seus sonhos dificéis!
    Mais uma vez, Escritor Goiano, parabéns por essa bela crônica de incentivo e força a todos que sonham realizar seus sonhos "impossíveis"!

    Reinaldo Bueno

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  2. Muito obrigado, tio. Não sei se mereço uma crônica tão linda. Só tenho a dizer q amo meu curso e farei de tudo para ser um grande médico. Um bjão e mais uma vez obrigado.

    Raphael Américo

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  3. Toda vez que venho a este Blog, sei que de alguma forma seus textos vão tocar meu coração! E hj essa Crônica me tocou profundamente, ela me faz pensar na batalha do meu filho Lucas, que não vai ser um doutor, mas que esta correndo atrás do sonho dele e passa por tantas dificuldades assim como seu sobrinho passou, e com apoio da família e determinação chegou ao seu ideal, mesmo longe da família! E lendo seu lindo texto com certa riqueza em detalhes, vejo que vale sempre a pena correr atras dos sonhos, nunca desistir que um dia vc chega la! Parabéns a vc , seu sobrinho e toda sua família! Família é tudo.

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  4. Meu caro amigo escriba Paulo Rolim,
    Fiquei feliz em ler essa crônica.
    Lembrei de minha Eveline.
    Sempre pensou e lutou pra ser médica, assim como Raphael.
    Meus parabéns Raphael por ser médico, meus parabéns Paulo Rolim, por escrever tão bem.
    Um abraço.
    Arimatéia Macêdo - www.arimateia.com

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